Os debates na edição de 2023 do Fórum de Operadoras Inovadoras, as novas indicações do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a precificação das concessões de STFC e a jornada da Brisanet para lançamento de serviços 5G foram alguns dos principais destaques na cobertura de TELETIME ao longo da semana (de 20 a 24 de março). Reveja as histórias mais lidas pelos nossos leitores:
TCU
Contrariando as expectativas, o TCU determinou à Anatel um novo cálculo de precificação para a adaptação das concessões de telefonia fixa. Após sessão na quarta-feira, 22, a corte de contas definiu que a valorização dos bens reversíveis seja realizada seguindo valores de mercado. Edifícios, terrenos, postes, torres, dutos, cabos de fibra óptica, direitos de passagem e equipamentos ativos podem ter valores revistos.
Isso indica que a cifra de R$ 22,6 bilhões fixada pela Anatel no ano passado para adaptação das concessões deve ser recalculada. Nesta sexta-feira, este noticiário publicou uma série de análises sobre a decisão do TCU, que também pode ser conferida na íntegra aqui.
FOI 2023
Organizado por TELETIME e Mobile Time, a edição de 2023 do Fórum de Operadoras Inovadoras ocorreu em São Paulo nos dias 22 e 23 de março, reunindo provedores regionais, MVNOs, players especializados em IoT e WiFi, fornecedores e outros entusiastas da cadeia de telecom.
Entre os temas em destaque, a ascensão das redes neutras de fibra óptica – em mercado considerado praticamente consolidado. Uma das principais players do segmento, a FiBrasil também apontou que segue buscando ativos para aquisições.
Expectativas para o mercado de Internet das Coisas, para a conexão entre celulares e satélites e no segmento de agregadoras também estiveram na pauta. Outro ponto que chamou atenção foi o alerta da Anatel sobre o ritmo lento de ação de redes privativas e de monetização do 5G no Brasil. Já o WiFi outdoor foi apontado como oportunidade.
5G
A jornada das entrantes 5G tem despertado interesse entre leitores do TELETIME. Entre as matérias mais lidas da semana esteve os planos da Brisanet para lançamento do serviço em Fortaleza e 40 cidades do Nordeste ainda no primeiro semestre. A empresa cearense também publicou balanço de 2022, com números considerados promissores pela prestadora de pequeno porte.
Outra entrante 5G, a Unifique, tem enfrentando desafios operacionais para implementação de sua rede. A inadimplência na banda larga em 2022 também pressionou o balanço da empresa de Santa Catarina.
Ainda nesta semana, o Gaispi liberou a faixa de 3,5 GHz – considerada carro-chefe para ativação de serviços 5G – em mais 195 cidades. Com isso, mais de 600 municípios contam com o recurso disponível para implementações do gênero. Até agora, pouco mais de 80 contam com o serviço de quinta geração ativo, segundo a Anatel.
Fundos setoriais
No âmbito tributário, um balanço da Conexis sobre a contribuição das empresas de telecom a fundos setoriais chamou atenção. Em 2022, o setor recolheu R$ 5 bilhões em recursos para este fim. O Fistel representou a maior parcela, com 34% do total arrecadado no ano passado, ou R$ 1,7 bilhão, enquanto o Fust ficou com R$ 1,6 bilhão e o Condecine, com R$ 1,1 bilhão.
Ainda assim, apenas 8,6% dos valores totais foram devidamente aplicados de volta no setor, afirma a entidade representante das principais operadoras móveis.
Demanda
Estudo da GSMA lançado em conjunto com as operadoras Algar Telecom, Claro, TIM e Vivo apontou que um quarto da população brasileira vive em áreas onde há cobertura de celular, mas não utiliza serviços. São aproximadamente 54 milhões de pessoas, que estão offline por falta de letramento ou porque não conseguem ter acesso aos smartphones, segundo o levantamento – que também traz uma série de sugestões para estímulos à demanda.