IPTV pirata, Oi, ICMS e políticas públicas: os destaques da semana no TELETIME

As razões por trás do cerco da Anatel ao IPTV pirata, as justificativas da Oi sobre seu processo de reestruturação, os balanços das operadoras de capital aberto, políticas públicas e o ICMS de volta ao radar das teles foram algumas das principais notícias do mercado de telecomunicações ao longo da semana (de 13 a 17 de fevereiro). Confira os destaques:

Riscos da pirataria

A decisão da Anatel de começar a bloquear caixinhas de IPTV utilizadas para pirataria de conteúdo caiu na boca do povo e foi um dos assuntos mais procurados – e debatidos – pelos leitores do TELETIME.

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Pirataria com caixinhas de IPTV. Foto: Pixabay/Teletime

Na última segunda-feira, 13, evidenciamos o relatório técnico da Anatel que fundamentou a decisão da agência. O documento traz uma premissa: há um potencial problema de segurança na camada de rede ao se utilizar TV boxes irregulares. Testes de engenharia reversa realizados pela agência mostraram quais as vulnerabilidades a ataques hackers existentes no IPTV pirata.

ICMS

O ICMS voltou a preocupar as operadoras de telecom. Entidade que reúne as principais empresas do setor, a Conexis Brasil Digital questionou iniciativas de estados que devem resultar em aumento no imposto, após redução introduzida pelo LC 194/2022. Ao menos 12 unidades federativas já efetuaram aumentos em suas alíquotas gerais. O assunto também foi comentando pela Vivo nesta semana.

Oi vê tratamento injusto

Em mais uma semana atribulada após pedido de tutela antecipada contra credores e riscos de uma segunda recuperação judicial, a Oi veio a público apresentar justificativas e questionar a "maneira equivocada e injusta" que sua situação tem sido avaliada pelo mercado.

Em comunicado, o comando da operadora abordou os atuais desafios de repactuação da dívida ao lado de fundos internacionais e também a complexidade trazida pela concessão da telefonia fixa (STFC), hoje motivo de arbitragem. "O processo de recuperação da Oi, ainda que cumprido à risca até aqui, não está completo e precisa de ações adicionais", afirmou a tele. Na Justiça, os bancos sofreram derrota ao requerer destinação de recursos para quitação das dívidas da operadora.

Políticas públicas

Ocorreu nesta semana o Seminário de Políticas de Telecomunicações, promovido por TELETIME em conjunto com o Centro de Políticas, Direito, Economia e Tecnologias das Comunicações (CCOM/UnB). A programação reuniu governo, reguladores, academia, operadoras, radiodifusoras e representantes de entidades, em uma discussão sobre os rumos da agenda política do setor.

Ministro Juscelino Filho durante Seminário Políticas de Telecomunicações. Foto: Samuel Possebon

Entre as novidades, a estratégia do governo federal de elaborar uma nova política de universalização de Internet – mas sem subsídios para a demanda. A regulação das plataformas e a modernização dos marcos da TV por assinatura (SeAC) e radiodifusão também foram debatidos.

Emenda 54

A emenda do deputado Danilo Forte (União/CE) que propõe transferência dos poderes de agências reguladoras para conselhos normativos recebeu uma nova manifestação contrária – desta vez da Anatel.

Em ofício ao Ministério das Comunicações (MCom), a agência apontou possíveis malefícios do abandono do regime atual de regulação, destacando as reguladoras como "organismos de Estado" e listando avanços setoriais na pauta de telecomunicações.

Balanços

A semana foi cheia de balanços financeiros dos grupos de telecom, incluindo Claro e Vivo – ambas turbinadas pela forte performance no segmento móvel – e da controladora da TIM, que teve resultados na Itália impulsionados pela filial brasileira.

RAN sharing

Outro tema que chamou atenção dos leitores do TELETIME foi o sinal verde do Cade para uma repactuação de acordo de RAN sharing 4G entre Vivo e TIM. A parceria firmada ainda em 2015 diminuiu de escala com a saída da Oi, mas ainda será válida em 349 cidades – sobretudo de São Paulo e Pernambuco.

Cara nova

Dona de licenças 5G em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, a Cloud2U (empresa do Grupo Greatek) anunciou uma nova marca para operação do 5G: a iez! telecom. A mudança de posicionamento deve ser acompanhada de novidades comerciais, a começar pelo segmento corporativo.

Anderson Ferreira, do Grupo Greatek, em anúncio da marca iez! telecom



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