Telefónica desligará todas as centrais de cobre na Espanha em 2024

Par de cobre

Controlador da Vivo no Brasil, o grupo Telefónica vai desligar todas as centrais de rede telefônica fixa de cobre na Espanha em 2024. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 19, com a transição total para a fibra marcada para o ano que vem para coincidir com o centenário da companhia espanhola. A ideia é expandir o switch-off, uma vez que a empresa afirma que "guia essa transição pela Europa e América Latina". 

Serão fechados as últimas 3.329 centrais telefônicas da companhia, conforme consta no plano de transformação da rede fixa anunciado ao órgão regulador de competição espanhol CNMC (Comisión Nacional de los Mercados y la Competencia). O processo começou em 2014 e deverá ser encerrado em 19 e abril de 2024, totalizando 8.532 centrais descontinuadas. 

A CNMC é envolvida porque o desligamento é parte de processo regulado na Espanha. A companhia diz que, atualmente, desligou 2.236 das 5.203 centrais já anunciadas. 

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Desta forma, todos os acessos fixos da Telefónica na Espanha serão realizados por fibra até a residência (FTTH). Segundo a empresa, o passo é essencial para a estratégia, que combinará o FTTH com a oferta de 4G, que já está disponível para 85% da população espanhola, cobrindo todas as capitais e cidades com mais de 250 mil habitantes. 

A estratégia, contudo, não deverá chegar ao Brasil tão cedo. Pelo menos até 2025, ano em que vencem os contratos de concessão, a Vivo (Telefônica Brasil) precisará manter a rede para o serviço de telefonia fixa, ainda que já esteja migrando para a fibra. Com os recentes entendimentos do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Anatel a respeito da venda de cabos de cobre e outros bens reversíveis, é provável que a operadora brasileira ainda não consiga realizar o switch-off total até que a concessão seja resolvida.

ESG

Segundo a Telefónica, a migração para fibra traz, além da maior capacidade de conectividade para banda larga, um impacto ambiental 94% menor. Isso equivale a ter 18 vezes menos impacto do que o cobre com o mesmo consumo de dados, de acordo com a empresa. A controladora da Vivo diz que isso acontece por conta dos esforços em termos de eficiência energética, design de tecnologia e implantação, além de investimento em fontes renováveis. 

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