Nos Estados Unidos, todas as operadoras de satélite que prestam serviço na banda C aceitaram participar do programa de adiantamento da limpeza do espectro para o leilão de 5G. As cinco empresas em questão são Eutelsat, Intelsat, SES, Star One, Telesat, que concordaram em receber um total de US$ 9,7 bilhões ao acelerar a liberação da faixa de 3,5 GHz. De acordo com a Federal Communications Commission (FCC) na semana passada, o programa é parte importante do plano 5G Fast e é "uma prioridade nacional".
Anunciada em fevereiro, a proposta da agência reguladora envolve a limpeza de até 280 MHz na faixa de 3,7 GHz, alocando as operações satelitais para 200 MHz acima e deixando um total de 500 MHz para a operação de celular em 5G. As empresas precisam limpar 120 MHz da faixa até o dia 5 de dezembro de 2021. Em uma segunda fase as empresas precisarão liberar mais 120 MHz em algumas regiões, além de 180 MHz adicionais nacionalmente até 5 de dezembro de 2023.
Das cinco empresas, a Intelsat era a mais afetada pelo programa, recebendo um reembolso de US$ 4,87 bilhões (pagos pelas operadoras móveis no leilão). Mas o custo estimado na limpeza é de mais de US$ 1 bilhão. Ela foi justamente das últimas a anunciar o apoio, há duas semanas. Apesar das críticas iniciais, a operadora acabou aceitando, mas depois de ter entrado com pedido de recuperação judicial (Chapter 11) na justiça dos EUA.
O leilão de 5G com a utilização do espectro da banda C será realizado pela FCC em 8 de dezembro deste ano – a previsão inicial era em julho, mas a pandemia do coronavírus forçou o adiamento. A expectativa da Comissão é "gerar receita significativa para o Tesouro dos EUA, e protegendo e preservando os serviços de satélite atualmente entregues utilizando esta banda".