UBS BB reitera otimismo com TIM e aumenta recomendação para a Vivo

Foto: Pixabay

Após rebaixar o preço recomendado pela ação da Oi, o banco UBS BB olhou para as outras operadoras e encontrou um cenário mais positivo. Desta vez, ela reiterou a recomendação de compra com a TIM e promoveu a avaliação da Vivo de neutro para compra

No relatório dos analistas Leonardo Olmos, Andre Salles e Lucas Chaves divulgado na terça-feira, 31, a consideração é de que, apesar de "incertezas" da macroeconomia neste ano, as operadoras de telecomunicações brasileiras estão em um ponto de inflexão. "Aplicamos um múltiplo de EBITDA para 2024 em 4x para avaliar a Vivo e a TIM, o que se alinha às metas [das próprias operadoras] de fluxo de caixa livre para o ano de quase 9%, um referencial para potencial dividendo e próximo do encontrado nas teles globais, após ajustes de risco do país."

Segundo os analistas, há quatro razões para o otimismo:

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  • Em momentos nos quais o mercado tende a ser mais conservador aos riscos, o setor de telecom tende a ter um desempenho melhor do que a média em regiões como nos Estados Unidos, embora isso ainda não tenha acontecido na América Latina;
  • As checagens próprias da UBS BB sugerem que a recuperação do mercado será "quantitativa", e que as operadoras móveis poderão ter impacto menor da inflação em 2023;
  • Adições líquidas em banda larga chegaram ao auge em 2022, enquanto secaram os recursos para projetos com queima de caixa. A combinação desses fatores levariam a um ambiente de maior consolidação no setor (ou seja, para ISPs), o que beneficiaria as grandes teles;
  • Rebaixamentos em avaliações de analistas, incluindo da própria UBS BB, não trariam impacto no fluxo de caixa livre e dividendos até 2024, quando há uma previsão de normalização dos lucros. "Finalmente, nós quantificamos uma das maiores preocupações do setor: o fim potencial dos juros nos benefícios de taxas de capital."

Vivo

A atualização da recomendação para compra das ações da Vivo é justificada porque a UBS BB entende que há segurança com os indicativos de fluxo de caixa da empresa – estimativa de dígito duplo em rendimento para 2023-2024. Os analistas entendem que isso é algo raro, e o "excesso de zelo" do mercado ignora o valor da posição da operadora como maior base móvel pós-paga, atuação em regiões de maior poder aquisitivo e base de mais de 5 milhões, com churn mais baixo, em fibra ótica. 

"Além disso, esperamos uma recuperação do mercado na estimativa de 2023 que levará a um crescimento acima da inflação para o setor, com uma mudança marginal impactando principalmente a Vivo, que tem tido o crescimento mais lento entre os demais", dizem os analistas no relatório. A expectativa é de que a empresa consiga em 2025 um aumento de mais de 30% no lucro, com consequente aumento da distribuição de dividendos.

TIM

Já no caso da TIM, a UBS BB coloca que os benefícios da incorporação dos ativos da Oi Móvel deverão ficar mais aparentes neste ano, com crescimento de receita acima da inflação e aumento na margem EBITDA e relação Capex/vendas nos próximos três anos. Tudo isso, afirma, será consequência da recuperação do mercado e da robustez maior da infraestrutura de rede. "Mesmo que a TIM seja desafiada em alguma frente, ela tem uma margem de segurança significativa", dizem os analistas. O múltiplo da relação de valor de mercado/EBITDA é de 4x, com rendimento de fluxo de caixa livre em 10% na estimativa de 2023-2024.

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