Diretor financeiro da holding de provedores regionais Alloha Fibra, Felipe Matsunaga acredita que o preço para aquisições no segmento de fibra óptica deve "assentar" em 2022, após frenesi causada pela entrada de empresas do segmento na bolsa.
"O mercado aqueceu demais em 2021", afirmou o executivo, em conversa com TELETIME. "Muitos provedores menores estavam com expectativa de 'valuation' [precificação] exorbitante, baseada no mercado de capital aberto, que não tem nada a ver com o mercado fechado. Estava muito 'overpriced' [acima do preço], seja pelos recursos que alguns captaram ou pelo valuation de algumas empresas em métricas que não faziam sentido".
O cenário seria diferente do encontrado pela Alloha (antiga EB Fibra) no início do processo de consolidação empreendido pela holding. "As primeiras negociações que fazíamos eram preços altamente factíveis", completou Matsunaga. Somando mais de 1,1 milhão de clientes, a Alloha Fibra reúne os provedores Sumicity, Mob Telecom, Vip Telecom, Wirelink, Univox, Click Telecom, Ligue Telecom e Niu Fibra.
Em 2022, a trilha de aquisições pode continuar, mas só a partir de preços considerados favoráveis. "Não vamos ignorar boas oportunidades inorgânicas, desde que elas tenham preços acessíveis", afirmou o CFO da Alloha Fibra. A atuação dos alvos no mercado B2B também deve ser uma condicionante.