Empresas de tecnologia, mídia e telecom ampliam práticas ESG, diz consultoria

Foto: Pixabay

Estudo divulgado pela consultoria KPMG mostra que empresas do setor de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações (TMT) apresentaram crescimento na elaboração de relatórios sobre metas de redução de carbono nos últimos anos, avançando de 61% em 2017 para 81% em 2022, e ocupando agora a terceira posição entre vários setores. O estudo foi feito globalmente com 580 empresas.

Além disso, a KPMG mostra que o setor de TMT tem histórico de ser socialmente consciente sobre a gestão ambiental e está alavancando recursos e visibilidade para inovar e influenciar nessa área. Outro dado do relatório é que a adoção de recomendações da Força-Tarefa de Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima (TCFD) por empresas de TMT saltou de 20% em 2020 para 45% em 2022, ultrapassando outros setores importantes.

Essas são algumas das conclusões da 12ª edição do estudo "KPMG Survey of Sustainability Reporting 2022", que analisou relatórios e websites financeiros, de sustentabilidade e de ESG das 100 maiores empresas de 58 países, territórios e jurisdições, totalizando 5,8 mil empresas. As organizações de TMT representam 10% da amostra total, ou seja, 580 empresas.

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A KPMG destaca ainda que o setor lidera o ranking nos relatórios de asseguração, progredindo nas últimas três edições do estudo, com uma taxa de asseguração de 64%, muito acima da média da amostra completa. Quase metade (49%) da amostra global total, aponta o relatório, obteve asseguração independente de terceiros em 2020, mas, em 2022, essa taxa caiu para 47%. A asseguração externa independente de relatórios de sustentabilidade aumenta a credibilidade das informações e estimula a confiança com os stakeholders. A iniciativa, que geralmente tem início com uma asseguração limitada, após amadurecimento dos mercados e requisitos regulatórios, evolui para uma asseguração mais adequada.

"O estudo evidencia o progresso das empresas do setor e as principais estratégias que podem implementar na elaboração de relatórios de sustentabilidade. Entre elas, merece destaque avaliar o impacto das mudanças climáticas nas divulgações das demonstrações financeiras e alinhar o relatório de sustentabilidade e de ESG com os principais formatos de relatórios obrigatórios e facultativos. Além disso, as estratégias envolvem conhecer expectativas dos stakeholders e criar relatórios de ESG com base em avaliações de materialidade e benchmarking", afirma em comunicado Márcio Kanamaru, sócio-líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da KPMG no Brasil e na América do Sul.

Biodiversidade

A publicação também ressalta que as empresas de TMT precisam melhorar os relatórios em relação à biodiversidade e outros recursos naturais. Por exemplo, considerando todos os setores, 40% em média da amostra total divulga informações sobre a perda de biodiversidade ou de recursos naturais como um risco ao negócio. Em TMT somente 30% dessas empresas mencionam riscos relacionados à perda de biodiversidade, número significativamente abaixo da média, evidenciando também possíveis oportunidades para as empresas do setor, segundo a KPMG.

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