Novo cronograma da Lightspeed permitiu incorporação de avanços, afirma Telesat

Glenn Katz. Foto: Rudy Trindade / Themapress

Após concluir no mês passado o financiamento para a constelação de satélites de baixa órbita (LEO) Lightspeed, a Telesat avalia que o adiamento de praticamente três anos no cronograma inicial do projeto foi benéfico ao permitir a incorporação de novas tecnologias na frota – cujos serviços comerciais são projetados para 2027.

A avaliação foi realizada pelo diretor comercial da Telesat, Glenn Katz, durante participação no Congresso Latinoamericano de Satélites, promovido pela Glasberg Comunicações e TELETIME no Rio de Janeiro nesta semana. "Às vezes é ótimo nascer mais tarde", afirmou o executivo, em menção aos avanços vivenciados pelo segmento satelital nos últimos anos.

Entre eles estão o avanço na padronização de redes 5G não terrestres (5G NTN), a possibilidade de uso de lasers para comunicação de satélites ("há três anos haveria uma questão se isso funcionaria, agora vemos que sim", afirma Katz), de machine learning para coordenação de órbitas e também a adoção de arquitetura que reduz a necessidade de estações terrestres. "Algumas constelações não têm essa capacidade e precisam de centenas de estações", afirmou.

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O projeto também teria ficado US$ 2 bilhões mais barato em meio a escolha de novos fornecedores (e também da redução do tamanho da frota, para 198 satélites LEO). A fabricação quase ficou a cargo da Thales, mas teve a MDA escolhida como responsável pelos artefatos.

A Telesat espera seguir testando serviços da Lightspeed até 2025, inclusive ao lado de governos (como o canadense, que também financia o projeto). A partir de 2026, a operadora tem uma série de lançamentos de satélites contratados com a SpaceX. Já o início dos serviços comerciais está projetado para 2027, enquanto uma versão aprimorada dos recursos deve estar disponível em 2028.

Klatz também afirma que a empresa não teme a concorrência de megaconstelações do circuito LEO, como a já operacional Starlink e a Kuiper, projetada pela Amazon. "As oportunidades são gigantes", afirmou o executivo da Telesat, também se colocando aberto para parcerias com empresas no Brasil.

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