CVM determina que BrT retifique fato relevante sobre AGE

A pedido da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Brasil Telecom terá que retificar ao mercado o fato relevante que publicou na última quinta-feira, 28, no qual informava equivocadamente que a última Assembléia Geral Extraordinária (AGE) da Brasil Telecom Participações (BTP) era ilegítima devido a uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A solicitação parte da Superintendência de Relações com Empresas da da CVM, que encaminhou ofício ao diretor de relações com os investidores da BrT, Paulo Pedrão Rio Branco, nesta sexta-feira, 29.
A decisão do STJ em questão, ao contrário, suspendeu os efeitos de uma liminar que fora concedida na 2ª Vara Federal de Florianópolis cancelando a AGE. A referida assembléia aconteceu na última quarta-feira, 27, e retirou o grupo Opportunity do controle da BTP.
Em seu despacho, a CVM afirma que o fato relevante publicado pela BrT "não transcreve, na íntegra" a decisão do STJ e "extrai conclusões dela não constantes, como a de que representaria a confirmação da ilegalidade da AGE, realizada em 27 de julho de 2005".

Notícias relacionadas
No novo fato relevante, a BrT terá que apresentar a decisão do STJ na íntegra e ressaltar que esta não tornou inválida a AGE, além de ter suspendido o processo em curso na 2ª Vara Federal de Florianópolis.
O ofício da CVM estipula uma multa diária de R$ 1 mil caso a determinação não seja atendida imediatamente e lembra que o equívoco da BrT constitui uma transgressão grave, segundo a instrução da CVM de número 358/2002, que rege a divulgação de fatos relevantes por companhias abertas.

Publicidade

A CVM informou a este noticiário que além de Telemig Celular, Amazônia Celular e Usiminas, também pediu esta semana esclarecimentos à BrT a respeito de depósitos que a operadora teria feito a empresas de publicidade de Marcos Valério, em razão de notícia veiculada na última edição da revista Veja.
Curiosamente, o comunicado sobre o assunto disponibilizado na página da autarquia faz menção apenas às empresas Telemig celular, Amazônia celular e Usiminas. Segundo a assessoria de imprensa da CVM, o nome da BrT não foi incluído no seu comunicado porque a demanda por parte da mídia teria se concentrado apenas naquelas três empresas. De acordo com a assessoria, somente TELETIME se interessou em saber sobre a BrT. Até o presente momento, a autarquia não informou qual foi a explicação apresentada pela BrT ao seu pedido de esclarecimento.
Jáa Telemig e Amazônia Celular, provavelmente motivadas pela pressão da CVM, prestaram esclarecimentos esta semana e disserram que tudo o que foi depositado nas contas da agência DNA refere-se a serviços de publicidade. MAs a Telemig e a Amazônia Celular abrem apenas os dados referentes ao período de 2000 a 2005. Não detalham a movimantação anterior, já detectada pela CPI dos Correios.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!