A Sociedade de Engenharia de Telecomunicações (SET) criticou a forma como a Anatel tem tratado o resultado dos testes de interferência do LTE na faixa dos 700 MHz e as transmissões de TV digital, especialmente o teste de campo realizado em Pirenópolis (GO). Isso proque foram usados equipamentos protótipos que têm um índice de emissão de frequências indesejáveis muito menor do que aquele permitido pela Anatel e, consequentemente, menor do que os aparelhos que estão de fato nas ruas.
“Se o equipamento emite muito menos do que o que é permitido e ainda assim ele é considerado, você estaria, entre aspas, roubando”, disse a engenheira da entidade, Ana Eliza Maria. O setor de radiodifusão já havia manifestado em outras oportunidades que os resultados deveriam ser relativizados, justamente porque os equipamentos protótipos têm um desempenho muito melhor do que os comerciais, no que se refere a emissões fora da faixa.
Augustinho Linhares, um dos coordenadores dos testes, explicou que a diferença de performance entre os equipamentos não é tão grande. “Nosso engenheiro foi a campo para saber quanto ele é melhor do que o permitido e o resultado é bem razoável. O protótipo não é nenhum equipamento extraordinário”, disse ele.
Já o representante da RPC TV, Ivan Miranda, mostrou precocupação em relação ao desligamento da TV analógica. “O desligamento dos canais analógicos somente poderia se realizado após comprovação por uma entidade idônea de uma adesão de 95% a 98% da população”.
