F-Secure quer aumentar presença no Brasil com acordo com operadoras

A F-Secure tem um plano para o Brasil: ampliar sua estratégia de parceria com operadoras para comercialização de seus produtos,  sobretudo para pequenas e médias empresas, a exemplo do que já faz com a Telefônica/Vivo. A empresa deverá lançar com a Claro em julho sua solução de segurança Freedome e a de armazenamento Younited, ambas disponíveis para plataformas móveis, um dos grandes focos da companhia. "Temos trabalhado com a América Móvil na América Latina", disse o presidente e CEO mundial da companhia de segurança, Christian Fredrikson, nesta quinta, 29, em conversa com jornalistas em São Paulo.

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Segundo o executivo, a empresa está presente em oito países, mas chegará a 20 no terceiro trimestre, e já conta com parceria com 22 operadoras, adicionando um novo contrato com uma tele por mês. "Estamos conversando com as operadoras aqui há duas semanas, e a resposta foi empolgante, houve um interesse muito forte", afirma. 

Esses acordos ajudam também na criação de nodes, que são uma espécie de ponto de troca de tráfego (PTT) para ajudar o fluxo no uso da aplicação Freedome, que utiliza um princípio de túnel privativo (VPN), o que possibilita inclusive o uso em dispositivos iOS, da Apple. "Temos que ter fisicamente um node, e uma boa maneira de ajudar é com as operadoras", explica Fredrikson. No entanto, essa implantação leva tempo. "Não vejo (esses novos acordos) antes de 2015 porque leva tempo, tem que integrar no billing, no OSS", detalha.

Ele diz ainda que as operadoras estão se preparando para uma onda de ataques que deverá acontecer durante a Copa do Mundo. "Tenho 100% certeza que teremos ataques no Brasil porque haverá muitos turistas e novos dispositivos", declara. "Acho que as operadoras se prepararam, mas tenho certeza que não será o suficiente – veja o que aconteceu com o seu Ministério de Relações Exteriores. É uma grande oportunidade para nós."

Privacidade

A solução da F-Secure consiste em utilizar essa camada de VPN aliada à criptografia do tráfego, o que o executivo assegura que faz com que a navegação do usuário não deixe rastros. "O Freedome criptografa o dado, deixa você anônimo na web. É uma abordagem de duas camadas, mas não estamos bloqueando seu login no Facebook", diz. A ferramenta impede que sites coletem dados de sessões, funcionando também como antivírus.

Boa parte da estratégia da companhia finlandesa é de que não adianta proteger apenas o computador, é necessário assegurar a rede. "Saímos de um produto de PC e agora estamos protegendo você, seus dispositivos, seu tráfego, seu conteúdo e seu rastro digital", garante.

Pós-Snowden

A privacidade é um tema importante para Christian Fredrikson também porque o executivo vê que é necessário buscar de volta a confiança do usuário, abalada após as denúncias do ex-colaborador da agência americana de segurança (NSA), Edward Snowden. Assim, o executivo ressalta, naturalmente, que abrir dados de usuários para governos é totalmente contra a política da empresa. "Entendemos que os estamos avançando em legislação digital, que os governos precisam garantir a proteção dos cidadãos e de monitorar organizações, há muitas coisas que podemos fazer para apoiar. Mas, como companhia, somos 100% contra monitoramento em massa e backdoors", diz.

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