Os fundos do BTG Pactual que controlam a V.tal ampliaram a participação agregada na empresa de redes neutras, passando de 65,9% para 68,8%. Já a fatia da Oi na companhia reduziu de 34,1% para 31,2%.
As mudanças ocorreram em decorrência do exercício pelos acionistas controladores de bônus de subscrição emitidos no âmbito da operação (concluída em junho de 2022), e que já estavam previstos. A homologação do exercício por três diferentes fundos controlados pelo BTG foi ratificada em reunião do conselho de administração da empresa de redes neutras na última sexta-feira, 4.
A operação foi acompanhada da emissão de 1,524 bilhão de novas ações ordinárias da V.tal, nominativas e sem valor nominal. Por se tratar de um ajuste de participação, não há novo aporte de caixa, apenas pagamento do preço de exercício de cada bônus de subscrição (no valor simbólico de R$2,00). As mudanças não objetivam alterar
a composição do controle e a estrutura administrativa da empresa de infraestrutura.
Quando da venda do controle de sua unidade de fibra para fundos do BTG Pactual, ainda no âmbito da primeira recuperação judicial da tele, a participação da Oi no negócio era de 42%. Ajustes nas condições finais e a entrada do fundo de pensão canadense CPPIB no quadro de acionistas da V.tal já haviam diluído a participação da tele no negócio. Além dos canadenses, a Warrington Investment (associada do fundo soberano de Cingapura, ou GIC) também é cotista de fundos que controlam a empresa de redes neutras.
Por exigência da Anatel relacionada aos bens reversíveis da telefonia fixa, a Oi precisa deter no mínimo 20% do capital votante da companhia de infraestrutura. Em paralelo, uma fatia da participação da operadora na V.tal faz parte das garantias da tele para financiamento emergencial com credores negociado este ano.
