A Siemens obteve uma licença definitiva da Anatel para operação de rede privativa 5G em 3,7-3,8 GHz em fábrica da empresa em Jundiaí (SP). O grupo aponta ter sido a primeira indústria a obter tal permissão no Brasil.
"Assim que a faixa de frequência entre 3.7 e 3.8 GHz foi aprovada, a Siemens solicitou a licença à Anatel", relatou a empresa, em comunicado onde anunciou a chegada do recurso em sua fábrica de montagem de painéis de média-tensão. A previsão para início da operação da rede é o final do primeiro semestre de 2023.
"A chegada do 5G à fábrica de Jundiaí coloca a Siemens como referência na implementação da tecnologia em seus próprios processos", prosseguiu a companhia. Recentemente, a Anatel chegou a apontar baixo interesse inicial da indústria na faixa de 3,7-3,8 GHz, destinada para redes privativas do setor. A visão não é compartilhada por parte dos fornecedores da cadeia.
5G
CEO da Siemens Brasil, Pablo Fava apontou um "potencial enorme" para a indústria com a chegada das redes 5G.
"Uma das principais diferenças entre o 5G e as gerações anteriores de redes celulares está em seu foco na comunicação máquina-máquina e na Internet Industrial das Coisas (IIoT) que, em um cenário de aumento de demanda, torna o 5G peça fundamental desse quebra-cabeça tecnológico, suportando comunicação com confiabilidade sem precedentes e latências muito baixas".
Outro ponto citado pela empresa foi a segurança cibernética. O entendimento da Siemens é que, por estarem isoladas das redes públicas de celular, as redes privativas 5G seriam "bem menos vulneráveis a ataques de hackers e roubo de informação".