Desktop terá aumento de capital de até R$ 300 milhões; confira detalhes

Foto: Pixabay

A provedora de banda larga Desktop aprovou um aumento de capital de no mínimo R$ 120 milhões e no máximo R$ 300 milhões, a partir da emissão de ações ordinárias para subscrição privada.

A aprovação da operação pelo conselho de administração da provedora foi informada na noite da última sexta-feira, 2. Segundo comunicado, entre 13,3 milhões e 33,3 milhões de ações ordinárias devem ser emitidas. Os atuais acionistas terão direito de preferência.

"O aumento de capital objetiva fortalecer a estrutura de capital da companhia, a fim de viabilizar a aceleração das suas avenidas de crescimento orgânico e inorgânico", explicou a Desktop, que segue avaliando alvos para aquisições.

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"A administração vislumbra diversas oportunidades mapeadas com elevado potencial de geração de valor para os acionistas no longo prazo, mantendo níveis de endividamento saudáveis, que permitam a continuidade e aceleração do projeto de crescimento".

HIG

Maior acionista da operadora com cerca de 40%, o fundo HIG já sinalizou que deve subscrever a oferta, o que garantiria os R$ 120 milhões mínimos. "Isso é um bom sinal, pois mostra que os principais acionistas estão dispostos a investir mais para manter ou aumentar suas posições", apontou o BTG Pactual, em relatório sobre o aumento de capital.

O preço de emissão calculado para a operação é de R$ 9 por ação (resultado de um valor médio ponderado por volume das ações nos 30 pregões anteriores ao anúncio e deságio de 12,5%). O preço também representa desconto de 9,6% frente ao valor do papel no pregão do último dia 2 (R$ 9,96) e de 62% em relação ao valor do IPO, em julho do ano passado (R$23,50).

O atual capital social da Desktop é composto por 87,2 milhões de ações, no valor de R$ 791 milhões. Com o aumento, o montante deve passar para algo entre R$ 861 milhões (no caso da subscrição mínima) e R$ 1,041 bilhão (no caso da máxima). Uma parcela de R$ 50 milhões ficará destinada à conta de reserva de capital.

Desalavancagem

"A estrutura de capital da Desktop deve melhorar após o aumento de capital", avaliou o BTG, notando que a empresa encerrou o terceiro trimestre com dívida líquida próxima a R$ 1 bilhão e relação dívida líquida/EBITDA de 3,5x considerando as parcelas restantes de aquisições passadas (e 2,1x sem esses pagamentos).

"No entanto, com o aumento de capital, estimamos a alavancagem da Desktop no ano deve cair para 2,8x (1,4x excluindo M&A anteriores) considerando o topo da faixa, ou 3,3x (1,9x excluindo M&A anteriores) na parte inferior do intervalo", calculou o banco.

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