A Base Mobile, empresa do grupo Base Telco que trava na Anatel e no Cade uma disputa com as operadoras móveis para ter acesso aos perfis elétricos das operadoras (códigos que permitem a ativação das linhas), e assim viabilizar o seu modelo de agregadora de "chip neutro" (ou eSIM), diz que ainda não desistiu de ter acesso ao recurso.
Em manifestação encaminhada a este noticiário por conta da reportagem que revelou a iminência de um acordo com as operadoras para o fornecimento de 650 mil chips, mas todos ativados, a empresa diz que esta negociação se refere apenas ao necessário para o "atendimento emergencial às demandas dos programas de conectividade na educação pública dos estados de Amazonas e Alagoas" e que "o modelo de chip ativado é transitório enquanto se aguarda a confirmação da Anatel acerca dos perfis elétricos", qque a empresa reivindica desde o começo.
Diz ainda que as tratativas estão em curso, mas os prazos das operadoras já venceram e que espera que a Anatel confirme a decisão cautelar para fornecimento dos perfis elétricos a preços de mercado. Lembrando que a cautelar da Anatel determinou apenas a negociação, sem obrigar o fornecimento. Confira a íntegra da nota da Base Mobile encaminhada ao TELETIME:
Em relação ao conteúdo da publicação "Teles se defendem no Cade de ação concorrencial sobre chip neutro da BASE Telco", de 26 de julho de 2023, e do podcast "Boletim Teletime News" de 27 de julho de 2023, a Base Mobile esclarece:
– a conciliação promovida pela Anatel entre Base Mobile e as operadoras Claro, Tim e Vivo, refere-se ao atendimento emergencial às demandas dos programas de conectividade na educação pública dos estados de Amazonas e Alagoas. O modelo de chip ativado é transitório enquanto se aguarda a confirmação da Anatel acerca dos perfis elétricos;
– as negociações entre as partes dentro dessa tentativa de conciliação estão em curso, embora os prazos definidos pela Anatel para as operadoras apresentarem suas propostas tenha vencido. Eventuais ações e condições abusivas apresentadas pelas operadoras continuarão sujeitas às sanções concorrenciais e regulatórias;
– a Base Mobile segue confiante de que a Anatel confirmará, oportunamente, sua decisão cautelar que obrigou Claro, Tim e Vivo a fornecerem, a preço de mercado, os perfis elétricos necessários para a implantação do modelo que otimiza o ensino híbrido no País.