Heavy users são desafio para Movistar no Chile

O maior desafio para a evolução da banda larga móvel no Chile é definir como lidar com os chamados "heavy users", assinantes que fazem um uso intenso do serviço, sobrecarregando a rede. A opinião é de José Venegas, gerente de engenharia de rede da Movistar no Chile, que participou nesta terça-feira, 30, do evento AmericasCom, no Rio de Janeiro. O executivo apresentou alguns números para explicar o problema. Cerca de dois anos atrás, antes de lançar sua rede 3G, os 200 mil assinantes da Movistar do Chile consumiam juntos 350 Mb por dia. Hoje, os 150 mil assinantes com terminais 3G da operadora consomem ao todo 10 Terabytes por dia e a previsão é que no final do ano o tráfego diário alcance 20 Terabytes. São classificados como heavy users aqueles que consomem mais de 2 Gb por mês. Eles representam 21% da base, mas consomem 60% do tráfego, explica Venegas. A base de clientes 3G da operadora cresce rapidamente, mas o volume de dados trafegados por ela avança em uma velocidade maior: nos últimos 12 meses, a quantidade de assinantes 3G aumentou 45%, enquanto o tráfego consumido por essa base subiu 108%.
De acordo com Venegas, o problema é que o contrato do serviço não prevê um limite de tráfego por usuário. A venda é feita por velocidade de transmissão (200 kbps, 400 kbps ou 700 kbps). A saída, na sua opinião, é vender planos com limite de tráfego, ou com cobrança por volume de dados transmitidos, no modelo conhecido como "pay as you use". "Começamos agora a oferecer planos assim", explica.
O Chile foi o primeiro país a lançar um serviço de banda larga móvel na América do Sul. Hoje, com uma base de 400 mil assinantes, o acesso móvel já representa 22% do total de usuários de banda larga do país.

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