Foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 28, o Plano de Aplicação de Recursos (PAR) do Funttel na Fundação CPQD durante o período de 2021 a 2023. A relação de projetos contemplados inclui tecnologias 5G de arquitetura aberta e para Internet das Coisas (IoT).
Ao todo, estão previstos para o intervalo R$ 45,250 milhões. A liberação dos recursos fica condicionada à aprovação das leis orçamentárias anuais dos exercícios correspondentes, à liberação de eventuais créditos suplementares e à "disponibilidade e limites orçamentários e financeiros".
O projeto com maior volume de recursos aprovado pelo Conselho Gestor do Funttel é a plataforma de 5G "5GBR": são R$ 18,1 milhões em despesas correntes e de capital ao longo dos três anos, sendo R$ 4 milhões em 2021, R$ 6,1 milhões em 2022 e R$ 7,8 milhões em 2023.
O objetivo é desenvolver tecnologias de arquitetura aberta, virtualizada e desagregada, com provas de conceito para o mercado de redes privativas e ISPs. O projeto inclui o desenvolvimento tanto para rede de acesso (o chamado Open RAN) quanto para componentes do core (núcleo), passando pela gerência e monitoramento de serviços, gerenciamento da infraestrutura virtualizada e orquestração.
Já a fase 2 do TeraNET teve R$ 8,6 milhões aprovados até 2023; o projeto visa desenvolver sinais para implementação em circuitos integrados e dispositivos em fotônica.
Outras duas iniciativas em andamento envolvem o ecossistema de Internet das Coisas (IoT): um deles foi a plataforma aberta de IoT da fundação, que teve R$ 4,2 milhões do Funttel aprovados para projetos como o dojot. Outro R$ 1,2 milhão foi destinado ao Block IoT, uma plataforma de serviços baseada em blockchain para autenticação, monitoramento e auditoria no universo de IoT. Em ambos os casos, a totalidade dos recursos está prevista para 2021.
Novos projetos
Dois novos projetos do CPQD também tiveram recursos aprovados. Um deles é nomeado Projeto GR4.0, que deve contar com R$ 6,1 milhões entre 2021 e 2023. Já o montante previsto na iniciativa TecSeg é um pouco maior: R$ 6,8 milhões. Em ambos os casos, a aprovação dos termos de referência pelo Conselho Gestor do Funttel (CGF) é necessária.
Desde que foi criado pela Lei nº 10.052 em 2000, o Fundo para Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações já teria aplicado mais de R$ 3 bilhões em projetos de telecomunicações, segundo o MCom. O fundo é recolhido a partir do faturamento das operadoras do setor.