Oi quer reduzir dívida financeira em até 70% com proposta atual

A segunda recuperação judicial da Oi. Foto: Pixabay/TELETIME

A proposta de novo plano da Oi costurada com os principais credores da companhia nesta semana pode resultar em uma redução de 70% na dívida financeira da operadora, a depender da adesão.

A projeção foi divulgada pelo comando da tele nesta quinta-feira, 28, durante conferência sobre os resultados de 2023. A dívida que a Oi está reestruturando ao lado de seus principais credores é de R$ 34,5 bilhões.

"Com base na estrutura dos pontos previstos, em termos de redução da dívida financeira comprometida na RJ, essa pode ter uma redução de 70%, que é bastante substancial. Trata-se de uma simulação cujo efeito depende da eleição, pelos credores, de cada forma de pagamento", afirmou o diretor jurídico da Oi, Thalles Paixão.

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"O que se espera é que seja bastante expressivo e que o resultado de redução de 70% se aproxime de fato", completou Paixão. Em uma versão anterior do plano divulgada em fevereiro, previa-se redução de até 75% na dívida financeira. 

Apoio

As condições alinhadas com a Oi nesta semana receberam acenos positivos de credores internacionais e das empresas de torres e satélites. Elas serão votadas em continuidade da Assembleia Geral de Credores (AGC) da tele em 10 de abril.

Será o quarto dia de assembleia da tele, instalada em três outras datas (5, 25 e 26 de março), mas suspensa nas três ocasiões com taxas de aprovação cada vez menores: 88%, 72% e 65%, na ordem.

Na suspensão mais recente, 358 credores donos de 34% dos créditos não apoiaram a suspensão da assembleia. Entre eles estavam o Banco do Brasil, a Caixa e o China Development Bank, responsáveis, na ordem, por 14%, 7% e 10% dos créditos em reestruturação, ou cerca 32% do total.

Pontos

Entre os fundamentos do novo plano de recuperação da tele está o levantamento de recursos – cerca de US$ 650 milhões, ou R$ 3,2 bilhões – com credores concursais e também terceiros (sobretudo a V.tal) para execução do plano de negócios e pagamentos de créditos abrangidos na RJ. 

Haverá rolagem de dívida dos credores que aportarem os recursos e emissão de dívida participativa para quem não. Ainda nos termos do novo plano, a amortização em 2025 mudaria para pagamentos relevantes apenas a partir de 2027. 

Já o forte consumo de caixa nos próximos anos com fornecedores take or pay – calculado pela empresa em cerca de R$ 12 bilhões – teria uma redução de aproximadamente 80%, notou a Oi. Entram na conta contratos com V.tal, torreiras, SES e Hispamar onde a empresa tem obrigação de realizar pagamentos mesmo sem usufruir dos serviços contratados. 

3 COMENTÁRIOS

  1. Tenho um processo em execução parado no TJ-RS desde 2016 quando a Oi entrou em RJ. Agora está no TJ-RJ suspenso. Enquanto isso a Oi esquece os credores judiciais. Deveriam ser bloqueados até o pagamento de cada processo suspenso em nome da RJ. Era isso.

  2. Estou com um processo Telemar/oi desde 2010.parado Tj Es já tenho causa ganha porém nunca paga somente fica recorrendo recuperação judicial

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