Os Estados Unidos estão preparando novas regras para a integração de redes terrestres e de satélite, na medida em que parcerias para conjugação de dispositivos móveis e serviços satelitais começam a ganhar tração.
Os planos divulgados há uma semana pela FCC (a agência federal de comunicações norte-americana) foram detalhados pela presidente do órgão, Jessica Rosenworcel, durante painel ministerial na MWC 2023, realizada esta semana em Barcelona (Espanha).
Na ocasião, Rosenworcel descreveu o esforço como o primeiro do gênero no mundo, segundo o portal Mobile World Live. Pelas regras do aviso de proposta de regulamentação (NPRM, na sigla em inglês), operadoras de satélite em colaboração com provedoras terrestres poderiam obter licenças flexíveis para uso do espectro destas, entre outros aspectos.
A convergência resultaria em um conceito por enquanto chamado cobertura suplementar do espaço pela FCC. Entre os efeitos esperados estão uma melhoria na disponibilidade de serviços sem fio, começando pelas comunicações de emergência.
"Ao fornecer regras claras, acredito que podemos iniciar mais inovações na economia espacial e, ao mesmo tempo, expandir a cobertura sem fio em áreas remotas, não atendidas e mal atendidas. Podemos tornar as zonas mortas móveis uma coisa do passado", afirmou a chefe da FCC, na sessão Leadership for Future Connectivity da MWC 2023.
"Ainda melhor, teremos a oportunidade de trazer nossas políticas de espectro para o futuro e pensar como podemos superar as escolhas binárias entre espectro móvel ou espectro de satélite", completou Rosenworcel, ainda de acordo com o Mobile World Live.
O anúncio da proposta ocorre em momento de parcerias para habilitar a conexão entre satélite e celular. Entre os acordos emblemáticos estão o da Apple com a satelital Globalstar e a parceria entre Starlink e a operadora móvel T-Mobile. A fabricante de chips Qualcomm é outra que aposta na tendência.
