Após reportar resultados operacionais do terceiro trimestre com forte performance do segmento móvel, a Vivo afirmou nesta quarta-feira, 26, que os primeiros usuários das redes 5G estão consumindo entre 40% a 50% mais dados que clientes convencionais.
A percepção foi compartilhada pelo CEO da operadora, Christian Gebara, durante apresentação a analistas sobre os números do trimestre. Na ocasião, o executivo apontou cerca de 500 bairros cobertos com 5G nas 27 capitais e 1,5 mil estações (sites) irradiando a tecnologia. A expansão da cobertura faz parte do investimento de R$ 9 bilhões projetado para 2022, e que deve se repetir em 2023.
A penetração de smartphones compatíveis, contudo, ainda seria "limitada". No pós-pago, onde a empresa tem 57,5 milhões de clientes, de 8% a 10% dos assinantes contam hoje com aparelho compatível, segundo Gebara. A boa notícia seria que, nas lojas da Vivo, a maior parte dos novos aparelhos vendidos operam o 5G.
"Vemos que os usuários que têm dispositivo 5G usam entre 40% e 50% mais dados. Talvez esse seja o começo, porque ainda estamos provando a tecnologia", sinalizou Gebara. Ao lado da expansão da cobertura, a Vivo também projeta que os aparelhos devem se tornar mais acessíveis nos próximos meses.
Oi Móvel
Ainda no mercado móvel, a Vivo afirmou que a desconexão de 3 milhões dos 12,5 milhões de clientes recebidos da Oi não afeta as sinergias de R$ 5,4 bilhões projetadas com o negócio. Isso porque o cálculo considera investimentos e custos operacionais, mas não receitas, segundo o comando da Vivo. Em paralelo, a limpeza da base ainda deve permitir economia no pagamento de taxas.
Gebara também comentou que a arbitragem sobre o ajuste de preço na venda Oi móvel deve durar "alguns meses". Além da divergência nos valores finais (que no caso particular da Vivo ficam em cerca de R$ 1 bilhão), a tele também teve que depositar em juízo R$ 515 milhões até então retidos no negócio.