O futuro da banda larga fixa

Marcio Cachapuz, diretor de vendas e marketing da OIW Telecom

Com a chegada da tecnologia 5G de telefonia móvel, muitos começaram a se perguntar se a ativação do novo sinal iria representar também o fim da banda larga fixa. Antes de responder essa questão, é importante trazer algumas considerações. A tecnologia de quinta geração irá oferecer mais velocidade, não há dúvidas sobre isso. No entanto, é preciso entender que para ativação do sinal 5G há necessidade de cobertura de mais antenas do que para o 4G, tornando a operação mais cara, com custos que podem ser repassados ao consumidor.

Além disso, o sinal de quinta geração ainda irá demorar muito para chegar às regiões mais remotas do país ou mesmo ao interior. E há localidades que ainda nem tem o 4G. Pelo cronograma inicial, todas as capitais deveriam ter o 5G puro funcionando até 31 de julho de 2022. O prazo já foi prorrogado mais de uma vez pela Anatel porque há necessidade de instalação de equipamentos, geralmente importados da China, para evitar que o 5G provoque interferência em serviços profissionais de satélite.

Ou seja, a banda larga fixa como conhecemos hoje e que foi fundamental para a aproximação virtual das pessoas durante a pandemia, ainda permanecerá ativa por muito tempo. Em telecom, o mundo evoluiu 10 anos em dois e foi a capilaridade da banda larga fixa que contribuiu para boa parte desse avanço. As novas tecnologias e as atuais irão coexistir por alguns anos e os agentes regionais têm um papel importante nesse cenário.

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Segundo os dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Brasil encerrou o mês de julho com 42,8 milhões de acessos à internet em banda larga fixa. As Prestadoras de Pequeno Porte (PPPs) tiveram uma participação importante e responderam por 20,7 milhões de acessos, alta de 15,8% em relação a julho de 2021. 

Sabemos, porém, que as condições de mercado podem tornar mais difícil a sustentação de taxas elevadas de crescimento. Mas são os provedores regionais que mantêm uma proximidade única com o usuário doméstico final, numa relação mais humanizada e que faz toda a diferença. 

* Marcio Cachapuz é diretor de vendas e marketing da OIW Telecom. As opiniões expressas nesse artigo não necessariamente refletem o ponto de vista de TELETIME.

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