Desktop mira novas aquisições após dez operações em São Paulo

Após 10 aquisições no Estado de São Paulo, onde ultrapassou 1 milhão de casas conectadas (HCs) em 2023, a Desktop pensa em novas aquisições, segundo o diretor financeiro, de M&As e de relações com investidores, Bruno Carvalho de Souza. A informação foi revelada nesta quarta-feira, 20, em call com bancos sobre os resultados da companhia no último trimestre. 

"A gente ainda encontra oportunidades interessantes aqui no nosso mercado, com preços mais atrativos, dado o novo equilíbrio de oferta e demanda de 'deals' que se estabeleceu no mercado", afirmou De Souza. 

No ano passado, a provedora adicionou à base 208 mil clientes, alta de 26%. Desses, 91 mil são assinantes orgânicos, ao passo que 116 mil são inorgânicos, mostrando o peso do M&A junto à Fasternet, fechado em março de 2023.

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"A gente está super confiante aqui em continuar entregando boas aquisições, encontrando negócios sólidos, complementares e com boas perspectivas de geração de valor para a Desktop", completou o diretor financeiro.

Carteira da Oi

Questionado sobre o interesse na carteira de clientes de banda larga da Oi, que foi fatiada para a venda, o CEO Denio Lindo confirmou avaliar os ativos.

"A gente sempre está olhando no mercado qualquer oportunidade que possa vir a fazer sentido. É óbvio que a gente vai dar toda a atenção necessária para essa oportunidade específica (da Oi)", afirmou, sem dar mais detalhes.

Conforme reportado por TELETIME, a carteira de clientes de banda larga da Oi soma 4 milhões de acessos e a empresa estabeleceu um preço mínimo de R$ 7,3 bilhões por 100% do ativo. A venda pode ocorrer via fatiamento deve, que poderia ser feito por regiões e tem Alares, Alloha e Vero/Americanet entre potenciais interessadas.

Geografias

No caso da expansão de outros estados, Lindo disse que a empresa está com um "foco muito grande" em ocupar as redes já existentes, mas não fechou as portas para eventuais negócios. 

"A nossa expansão orgânica tem sido pontual em áreas estratégicas de alto potencial e, eventualmente, para atingirmos outros estados, a gente está aberto e atento às oportunidades. Provavelmente, caso isso venha a ocorrer, será via aquisições", disse.

Lindo também se mostrou a aberto escutar ofertas de mercado sobre a InfraCo, sua rede de fibra óptica, mantendo a base de clientes, a ClientCo. Em agosto do ano passado, a empresa mandatou assessores para buscar interessados na vertical. "A gente está aberto a escutar ofertas de mercado e qualquer novidade, vamos notificar vocês por comunicados de mercado".

No entanto, manter a rede também teria suas vantagens. "Eu acredito realmente que a empresa vai trabalhar muito melhor se ela for detentora da própria infraestrutura, de forma que para a gente só faz sentido uma divisão entre InfraCo e ClientCo se existir uma oferta na mesa que seja muito vantajosa para os acionistas", finalizou o CEO.

 

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