Águas de Fortaleza: usina na Praia do Futuro não afeta cabos submarinos

Foto: Pexels

Em nota enviada ao TELETIME após publicação do posicionamento da Anatel sobre a construção de uma usina de dessalinização na Praia do Futuro, em Fortaleza, a SPE Águas de Fortaleza reforçou o entendimento de que a construção da usina não trará qualquer ameaça aos cabos e nem aos data center que existem naquela praia.

Segundo a entidade, estudos e pareceres feitos no processo de elaboração técnica da usina comprovam que a Internet no Brasil não está sob risco. "Isso está claramente demonstrado, razão pela qual mais de 20 pareceres de órgãos técnicos ambientais aprovaram a Licença Prévia para a execução do projeto", afirmou a SPE, em seu comunicado.

"O governo e o povo cearense, que convivem com o problema da falta de água, não devem aceitar um parecer sem base técnica, manifestamente parcial, que atende apenas a interesses privados. A Anatel não tem poder de veto no projeto e está apenas sendo porta-voz de empresas interessadas em privatizar a Praia do Futuro", afirma a SPE.

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Para o consórcio, enquanto agência reguladora tem apresentado "comportamento eivado", de rigor desnecessário no Estado do Ceará, sua conduta destoa de outros Estados, quando fez vistas grossas para os cabos existentes no Rio de Janeiro e do litoral paulista. "Será que a Anatel não conhece o que revelam as cartas náuticas desses lugares?", indaga a empresa responsável pela construção e gestão do projeto da usina de dessalinização.

Por fim, a SPE diz que todas as manifestações contrárias à construção da usina representam na verdade uma "ação coordenada por um grupo econômico, com auxílio do órgão regulador utilizado a reboque, para tentar retirar do povo cearense, em nome de interesses privados, o direito básico do acesso à água". Ao TELETIME, a SPE Águas de Fortaleza disse que mantém a posição de seguir o cronograma da obra.

O que disse a Anatel

A Anatel emitiu nesta última sexta-feira, 15, uma recomendação para que a futura Usina Dessalinizadora de Fortaleza seja movida para outro local, mesmo após mudanças recentes no projeto. O motivo é o risco à operação e expansão de sistemas de cabos submarinos que chegam à região. A avaliação da agência consta em informe da área técnica remetido à Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União (vinculada ao Ministério da Economia).

No documento, a Anatel confirmou a oposição à usina na Praia do Futuro, a cargo da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e com execução prevista pelo consórcio Águas de Fortaleza S/A. Vale lembrar que a Anatel não tem poder de suspender obras ou interferir em projetos, mesmo que coloquem a rede em risco.

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