TIM quer padrões abertos para evitar o lock-in de fornecedores

Anunciada nesta sexta-feira, 18, a iniciativa de rede de entrega de conteúdo com padrão aberto, a Open Caching, também é parte da estratégia de transformação digital da TIM. Isso inclui também a diversificação de fornecedores para evitar a dependência, o chamado "lock-in".

Diretor de engenharia e implementação de rede da operadora, Marco Di Costanzo disse ao TELETIME que a operadora já conta com 60% das funções de rede virtualizadas (NFV), e que agora a empresa se encontra em uma fase de "cloudificação", no qual deixa de investir na modalidade de construção ("make") para entra no modelo de pagamento ("buy") por serviço, como SaaS, IaaS ou PaaS. "Não investimos, quem está fazendo isso é o consórcio. Para a TIM é transparente."

Outra iniciativa de padrões abertos da tele é o OpenRAN. A TIM tem o programa Open Field na Inatel em parceria com o Telecom Infra Project, liderado pelo Facebook. O laboratório da empresa é o único da América Latina apto a homologar soluções baseadas em OpenRAN para o TIP, diz Di Costanzo. Atualmente há 20 fornecedores de hardware e software de soluções abertas. Assim como no caso do Open Caching, a Cisco é parceira – no caso específico da rede de acesso, a empresa não atua na ponta, mas com a orquestração da rede definida por software (SDN). 

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O diretor da TIM diz que a arquitetura aberta é importante na estratégia da empresa. "A gente acredita em desagregar hardware e software e ter interfaces e protocolos desacoplados. A capacidade computacional e as aplicações de software ficam para quem quiser. Quando se padroniza a interface e componente, habilita o ambiente multivendor", diz, comparando com o modelo de lock-in de fornecedor. 

"Como operadora, a gente zela para que não aconteça [o lock-in]. Investimos tempo e esforço em tudo que vai na direção do open, como o Open Caching, como SDN por interface aberta, como virtualização de core e em todos os aspectos", explica o diretor da TIM. A orquestração tem que ser automática, exercendo as funções de controle e de recursos de rede.

Integração da Oi

Esse ambiente aberto facilitaria a integração de sistemas que serão herdados da parte adquirida com a compra da Oi Móvel, se fosse o caso de ambas as operadoras já terem ecossistema maduro nesse padrão. Mas não é o caso. "A parte de site e eletrônica hoje não é OpenRAN, ninguém tem isso massivo. Mas agilizaria sim no caso específico", afirma. "Mas é um grato problema, vamos ter um trabalho grande, mas estamos planejando isso há algum tempo", conclui.

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