Para o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o mercado financeiro estimula especulações sobre a venda da TIM porque está interessado em ajudar a fazer a operação e, obviamente, ser remunerado por isso. "Tem no mercado financeiro uma grande expectativa. Já veio gente falar que esse seria o maior negócio desde a privatização. O mercado financeiro quer ajudar a fazer a operação e ganhar uma módica comissão", disse, irônico, o ministro.
Bernardo disse que não quer contribuir com as especulações, mas comentou que fatiar a TIM seria uma possível saída, mas não vê como isso poderia ser feito. "Se a Telefônica não pode tomar decisões sobre a TIM, como ela vai fazer para discutir esse fatiamento? Ou vai ser o governo, ou vai ser o Cade que vai fazer? Com certeza, eles não vão poder reunir lá no SindiTelebrasil para decidir isso", disse Bernardo.
Para o ministro, o fato de a Telefônica ter retirado seus dois representantes do conselho de administração da Telecom Italia indica que eles vão cumprir a decisão do Cade. "A verdade é que enquanto eles não resolverem na Itália, eles não vão falar nada aqui", conclui.