O Grupo TIM (antiga Telecom Italia, controladora da TIM Brasil) anunciou nesta segunda-feira, 16, a saída do conselheiro Arnaud de Puyfontaine do conselho de administração. O pedido de demissão foi feito pelo próprio executivo e tem efeito imediato.
Segundo o comunicado do grupo italiano, Puyfontaine disse que na fase atual de diálogo entre os acionistas do grupo e instituições sob nova liderança do governo da Itália, "é fundamental que todas as partes relevantes estejam livres para trabalhar de forma construtiva e transparente em benefício do Grupo TIM e todos os acionistas". Em setembro do ano passado, Georgia Meloni, do partido neofascista Irmãos da Itália, venceu as eleições e se tornou primeira ministra.
Rumores de mercado apontavam que a chegada ao poder da extrema direita ultranacionalista poderia resultar em eventual venda da TIM Brasil, mas o fato é que ainda nenhum plano de desinvestimento foi confirmado. Além disso, a operadora brasileira é parte relevante do grupo, sendo responsável pela sustentação de crescimento no último balanço financeiro da empresa italiana.
Esse afastamento acontece porque o executivo é CEO da Vivendi, grupo francês que é o principal acionista da operadora italiana. Assim, Puyfontaine "considerou apropriado devotar o esforço" para "reestabelecer um caminho de crescimento para o Grupo TIM e ver com isso que o real valor da companhia e sua única rede seja apropriadamente reconhecido".
A saída, diz o executivo, não significa mudança na estratégia da Vivendi. Arnaud de Puyfontaine confirmou que o Grupo TIM (e a Itália) continuará a ser peça central nos planos de investimento da companhia francesa.