Controladora da TIM, a italiana Grupo TIM (Telecom Italia) reportou resultados do terceiro trimestre que destacaram a relevância da operação brasileira no negócio – permitindo uma volta de variação positiva (de 1,1%) no faturamento.
Enquanto o indicador da empresa na Itália caiu 5,3%, no Brasil houve crescimento de 24,4%. Ao todo, a receita do Grupo TIM somou 3,9 bilhões de euros de julho a setembro, sendo 2,9 bilhões das operações na Europa e 1 bilhão de euros, da brasileira.
A TIM Brasil também gerou 506 milhões de euros em Ebitda (alta de 24,5%), diante de 1 bilhão oriundos das atividades na Itália (queda de 16,2%). O consolidado aponta queda de 6,5% no indicador.
A gigante italiana também registrou prejuízo atribuído aos controladores de 2,2 bilhões de euros no terceiro trimestre (frente lucro de 139 milhões há um ano). Já o endividamento líquido da empresa passou de 24,6 bilhões de euros no segundo trimestre para atuais 25,5 bilhões de euros. Compras de licenças 5G no Brasil, na Itália e de ativos móveis da Oi contribuíram com a alta.
Cenário
Mesmo com os números, o Grupo TIM sinalizou uma perspectiva de voltar a crescer em 2023, de reduzir endividamento e de seguir com o plano estratégico de cisão da empresa. O mercado reagiu bem ao balanço detalhado nesta quinta-feira, 10, com ações da gigante italiana subindo 5% na Bolsa de Milão (no ano, o papel perdeu 45% do valor).
Entre os desenvolvimentos recentes da estratégia está a aprovação do conselho de administração da empresa para o spin-off da TIM Enterprise, visando a posterior busca de um sócio. Já as negociações do Grupo TIM para criação de uma rede única fixa ao lado de estatais italianas teve memorando de entendimento (MoU) ampliado até o final de novembro. A mudança é que os potenciais parceiros (liderados pelo banco público CDP) não têm mais exclusividade nas tratativas com a operadora.
