O número de fusões e aquisições no segmento de telecomunicações e mídia caiu em 2022, de acordo com pesquisa realizada pela KPMG. No ano passado, 61 operações do gênero foram mapeadas pela consultoria, contra 66 em 2021 (recuo de 7,5%).
O movimento segue tendência percebida na cadeia de serviços tecnológicos, que também engloba empresas de tecnologia da informação (TI) e de Internet, além de telecom e mídia: neste caso, foram 969 negócios mapeados, ou uma diminuição de 10,4% frente a 2021 (veja maiores detalhes abaixo).
Segmento | 2022 | 2021 |
Telecom e mídia | 61 | 66 |
Tecnologia da informação | 268 | 358 |
Empresas de Internet | 640 | 658 |
Total | 969 | 1.082 |
Em um quadro ainda mais amplo com 43 diferentes setores da economia, a KPMG constatou outro recuo (de 12%). Em 2022, um total de 1.728 movimentos foram registrados, contra 1.963 em 2021. Mesmo com a queda, o ano passado foi o segundo melhor resultado da série histórica de M&A elaborada pela consultoria desde 2003.
De forma geral, observou-se uma redução gradativa no número de transações desde o primeiro trimestre, ilustrando uma redução do apetite dos investidores por empresas, sobretudo entre as empresas de TI.
"Motivos que justificam essa queda foram a piora do cenário econômico internacional e o aumento das incertezas de médio e longo prazo no cenário econômico local, acentuado no segundo semestre do ano", avaliou Luís Motta, sócio líder de fusões e aquisições proprietárias da KPMG no Brasil.
Negociações na cadeia de telecom foram acompanhadas por TELETIME ao longo de 2022. Além de empresas que não tiraram o pé do acelerador de M&A, importantes consolidadoras que adotaram postura mais cautelosa no ano passado já sinalizaram que devem voltar às compras em 2023.