Dados da Pesquisa de Inovação Semestral (Pintec), divulgada nesta quinta, 15, pelo IBGE, mostram que a taxa de inovação das empresas industriais brasileiras com 100 ou mais pessoas ocupadas foi de 70,5% em 2021. Desse total, 37,8% implementaram novos produtos e processos de negócios simultaneamente. As empresas de grande porte foram as que mais investiram em inovação, alcançando um índice de 76,7% nas empresas com mais de 500 pessoas ocupadas.
A pesquisa, de caráter experimental, investigou uma amostra de 1.454 empresas de médio e grande portes – acima de 100 pessoas ocupadas – das indústrias de transformação e extrativas, de um universo de 9.408 companhias com esse perfil. Os dados vão subsidiar implementação, aperfeiçoamento e monitoramento de políticas públicas e estratégias das empresas.
Das indústrias brasileiras que se mostraram mais inovadoras, o setor químico lidera, com taxa de inovação de 87,0%, seguido por equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos (86,5%) e por veículos automotores (84,7%). Em 2021, 33,9% das empresas investiram em P&D. Nos setores de equipamentos de informática, produtos químicos, farmacêutica e farmoquímica, a taxa supera 60%.
Em 2022, 37,0% das empresas inovadoras pretendiam aumentar os dispêndios em P&D em relação ao realizado em 2021. Para 2023, 58,4% esperam aumentar esses dispêndios. Ainda no mesmo ano, 12,0% das empresas publicaram relatório de sustentabilidade; o índice chega a 28,7% entre as empresas com mais de 500 pessoas ocupadas.
A relação entre sustentabilidade e inovação se mostra cada vez mais estreita, já que entre as empresas que publicaram relatórios de sustentabilidade, 81,8% teriam se mostrado inovadoras em 2021. Durante a pandemia, os investimentos em inovação nas empresas não pararam, pois 52,7% das empresas consideradas inovadoras mantiveram as atividades inovativas durante a pandemia.
A pesquisa Pintec foi realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Está previsto ainda a realização de uma edição semestral que vai complementar a versão divulgada nesta quinta, que continuará a ir a campo coletando os dados de três em três anos.