Oi é favorável a IPO da InfraCo após venda do controle

Foto: Pixabay

Nova unidade de infraestrutura de fibra ótica para qual a Oi busca um sócio controlador, a InfraCo deve nascer com uma "vocação" para IPO no mercado de ações. Essa é a avaliação da diretora de finanças da operadora, Camille Faria.

Durante live promovida por corretora de investimentos nesta quinta-feira, 14, a executiva destacou que o assunto será tema de decisão futura a ser tomada pela Oi e sobretudo pelo novo controlador. "Agora se perguntarem a nossa visão, ela [a InfraCo] nasce com vocação de companhia pública no futuro", pontuou Faria.

O entendimento é que a dimensão da rede, a previsibilidade de receitas com atacado no longo prazo e o potencial de crescimento da infraestrutura poderiam refletir em uma alta demanda no mercado de capitais. A possibilidade de investimentos em São Paulo também é considerada um atrativo.

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Ainda segundo Faria, caso o caminho da oferta de ações via IPO não seja seguido, a Oi buscará outras alternativas para manter a liquidez de sua participação minoritária na empresa, deixando em aberto a possibilidade de venda de novas fatias do negócio no futuro.

Cronograma

Na ocasião, Faria reiterou que a Oi receberá propostas vinculantes pelo controle da InfraCo ao longo de janeiro. Até o fim de março, o "stalking horse" com prioridade no negócio será anunciado, com previsão de realização do leilão no âmbito da recuperação judicial durante o segundo trimestre de 2021.

A diretora de finanças mostrou expectativa de recebimento de mais de uma proposta, com valor que supere o mínimo de R$ 20 bilhões fixado pelo controle. Segundo Faria, mais de uma dezena de interessados apareceram na fase de propostas não vinculantes. Questionada, a executiva não confirmou se o banco BTG Pactual é um dos players no páreo.

Complexidade

O prazo de dois meses entre as propostas vinculantes e a definição do stalking horse se justifica porque a operação seria até mais complexa que a venda da Oi Móvel para o trio de teles, acordada em dezembro e que ainda passará pelo crivo do Cade.

Segundo Faria, se no móvel a operação consiste principalmente em um acordo de compra e venda de ações, na InfraCo pelo menos dez contratos diferentes estão em negociação. Entre eles, acordos de investimentos, de uso da rede de transporte no longo prazo, aluguel de homes-passed (HPs) e contratos de colocation.

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