Associação Neo defende alocação integral do 6 GHz para uso não licenciado

Foto: Rawpixel/Freepik

Em manifestação nesta quarta-feira, 13, a entidade de provedores regionais Associação Neo defendeu a alocação integral da faixa de 6 GHz para uso não licenciado. O apoio ocorre em momento no qual a Anatel repensa a utilização da faixa, com possibilidade de divisão para uso também por redes móveis.

A Neo, contudo, reforçou em nota que a decisão previamente tomada pelo órgão regulador representou um passo para a evolução da tecnologia WiFi, proporcionando uma série de benefícios para os consumidores. A entidade afirma que o avanço da conectividade no Brasil atingiu um marco significativo em 2021, com a decisão unânime da agência de destinar integralmente a faixa de 6 GHz para o uso não licenciado de equipamentos WiFi 6E e WiFi 7

"O apoio à decisão [inicial] da Anatel reflete não apenas nosso compromisso com a inovação tecnológica, mas também a compreensão profunda da importância dessa medida em um cenário onde o consumo de dados está em constante crescimento no Brasil. Isso permitirá que as Prestadoras de Pequeno Porte (PPPs) ofereçam serviços de dados de qualidade semelhante ao 5G das grandes operadoras móveis, ampliando as escolhas para os consumidores brasileiros e, em regiões mais remotas, entregas as opções que melhores se encaixam na necessidade da população, com serviços de qualidade e incentivo à competitividade entre as prestadoras", afirma Rodrigo Schuch, presidente da Associação Neo.

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O apoio é significativo, especialmente após a posição da Anatel de assegurar, entre as deliberações finais da Conferência Mundial de Radiocomunicação que se encerra esta semana em Dubai (WRC 2023), a inclusão da nota de rodapé prevendo a possibilidade de divisão da faixa de 6 GHz entre IMT (5G) e uso não-licenciado (WiFi), na proporção de 700 MHz/500 MHz. Com a previsão, até mesmo um novo leilão de espectro em 2024 está no radar.

Incentivo à indústria Nacional

A Neo também apontou a manutenção do 6 GHz para uso não licenciado como um incentivo para a indústria nacional, ao contrário do que ocorreria com decisão em benefício das redes móveis. "Do contrário da indústria de equipamentos para telefonia móvel, predominantemente estrangeira, a indústria nacional é favorecida pela alocação da faixa de 6 GHz para WiFi. Isso não apenas beneficia os fabricantes locais de equipamentos como também impacta positivamente toda a cadeia de suprimentos de telecomunicações no Brasil", apontou a entidade.

Uso outdoor

O presidente Rodrigo Schuch ainda completou: "Vale lembrar que por meio do uso do Wi-Fi6E a experiência indoor dos clientes em banda larga fixa é significativamente melhor, mas também temos casos importantes de uso outdoor".

Um exemplo de uso outdoor citado pela Neo foi o projeto Favela 3D, iniciativa da Alloha Fibra, representada pela marca Giga+. O projeto, realizado em parceria com a Gerando Falcões, disponibilizou Internet gratuita de alta velocidade por meio do Wi-Fi 6 para a Favela dos Sonhos, localizada em São Paulo. Com 15 roteadores, a iniciativa beneficia cerca de 190 famílias, promovendo inclusão digital e ampliando o acesso à conectividade de qualidade, essencial para uso de serviços considerados básicos, como educação online.

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