Com a venda do controle da InfraCo, a Oi espera que seja criada a maior companhia de infraestrutura de telecomunicações da América Latina. Após aceitar a proposta vinculante do BTG Pactual para ter o direito de cobrir (right to top) outros lances no processo competitivo, a companhia detalhou nesta terça-feira, 13, como pretende fazer isso, incluindo um investimento de R$ 20 bilhões nos próximos quatro anos para a ampliação da operação de rede neutra.
O CEO da Oi, Rodrigo Abreu, afirmou que o plano é de destinar um Capex entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões por ano para a unidade de infraestrutura. Grande parte desses investimentos – cerca da metade – seriam para as casas passadas (homes-passed), atingindo a meta de 32 milhões de HPs ao fim do período, "se não mais", a depender de como ficará a operação.
Abreu coloca entretanto que o restante será para outros componentes, como as casas conectadas (HC), que será executado pela InfraCo, com a ClientCo (ou seja, o que ficará com a Oi no final de todos os desinvestimentos) prestando o serviço ao consumidor final. "Tem também investimento em backbone, que precisará continuar a crescer", destaca.
Outro elemento é o investimento em B2B. O executivo lembra que essa divisão conta atualmente com receitas de R$ 5 bilhões anuais, e que precisará continuar crescendo com o novo projeto de infraestrutura, que será provida pela InfraCo. "Obviamente, tem ainda investimentos de manutenção em TI e em core", adiciona.
Há ainda que se considerar que, apesar de já atuar como uma entidade separada da Oi, incluindo todo o time de atacado, há previsão de que a InfraCo continue consumindo caixa da operadora até o fechamento da transação. A expectativa da Oi é que isso ocorra entre o último trimestre do ano e o primeiro trimestre de 2022.