A operadora de banda larga Vero encerrou o terceiro trimestre com 721 mil acessos ativos no serviço e uma receita líquida de R$ 185,8 milhões – apontando alta de 82% em intervalo de um ano.
Os resultados no período foram detalhados pelo CEO da empresa, Fabiano Ferreira, em entrevista ao TELETIME nesta sexta-feira, 11. "Foi mais um trimestre de bastante robustez e solidez no resultado", apontou o executivo. "O lucro até teve uma queda de 43% [para R$ 6,3 milhões], mas muito em função de despesas financeiras e financiamento de novas dívidas que emitimos".
Ainda ao longo do terceiro trimestre, a Vero somou Ebitda ajustado de R$ 96 milhões, em alta de 109%. Já a margem Ebitda ficou em 51,7%, quase oito pontos percentuais acima do resultado de um ano atrás, notou Ferreira. Os indicadores foram classificados por ele como aspecto mais relevante que a pura adição de clientes – algo que desacelerou ao longo do tri, para 22 mil.
"A disputa não é por número de assinantes. Não adianta ter aumento de base com qualquer tíquete médio e a qualquer custo, essa não é estratégia de sucesso", apontou Ferreira. "Quem tiver o maior número de assinantes não vai ser a maior e melhor, mas sim quem entregar melhores resultados".
Na entrevista, o CEO colocou a Vero em papel de destaque em aspectos como satisfação (medido pelo NPS), lucratividade e churn – nos quais a provedora de mercado teria os melhores indicadores do segmento. No caso da evasão de clientes, o percentual está sendo mantido na casa de 1,5%.
Já o ARPU (receita média por usuário, medida pela Vero em uma base livre de impostos) cresceu 12% frente ao ano anterior, para atuais R$ 94,4. Ferreira vê espaço para novos avanços, seja via migração para planos mais altos, pela contratação na base de serviços premium (como Globoplay, Telecine, HBO e Premiere) e pela própria maturidade de operações. Nas praças onde atua há três anos ou mais, a Vero reporta market share de 35%.
Hoje, a operadora atua em 200 municípios de Minas Gerais e da região Sul, sendo 13 delas lançadas neste ano. Ao todo, são 2,7 milhões de casas passadas (HPs) com fibra e potencial de alcançar mais 1,8 milhão nas mesmas praças, atingindo 4,5 milhões de HPs. Em paralelo, a empresa ainda pretende ampliar em 2023 o ritmo de crescimento via aquisições.
Rede neutra
A Vero também é uma das pioneiras no uso de redes neutras para expansão da oferta da banda larga, tendo contratos com ativos com V.tal e FiBrasil. No primeiro caso, o recurso está em uso em duas cidades de Minas Gerais (Ubá e Sete Lagoas), com 1,3 mil acessos e indicadores operacionais e de satisfação positivos, segundo a provedora regional. Já o acordo com a FiBrasil ainda está em fase de escolha de geografias, com perspectiva de lançamento de cidades em 2023.