5G precisará ter 1 Gbps de downlink e latência de menos de 1 ms, diz GSMA

Em um estudo divulgado nesta segunda-feira, 8, sobre as perspectivas para a quinta geração de redes móveis, a Associação Global de Operadoras Móveis (GSMA) pretende colocar um limite para separar as redes 5G das atuais: um mínimo de 1 Gbps de downlink e latência com menos de 1 ms. A visão da entidade é que é preciso estabelecer esses dois pontos para realmente diferenciar a nova tecnologia, que se valerá de um amálgama de outras técnicas legadas para promover a "visão hiperconectada", com aplicações em realidade aumentada, Internet tátil, carros conectados e autônomos e serviços de nuvem sem fio.

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Em comunicado, a diretora geral da associação, Anne Bouverot, lembra que a 5G ainda precisa passar por processos de padronização, e que "a indústria ainda não chegou a acordo total de como a 5G irá se parecer ou o que vai permitir". No entanto, a entidade afirma ter colaborado com governos, fornecedores e outras organizações da indústria para "garantir que o futuro padrão seja viável tanto tecnicamente quanto economicamente".

A associação acredita que há oito requerimentos para a 5G: taxa de dados, latência, densificação de rede (em conexões e células), cobertura, disponibilidade, redução de Opex e o campo de dispositivos. "No entanto, apenas dois desses – taxa de dados e latência – relacionam-se com uma verdadeira mudança de geração, com as seis remanescentes sendo ou objetivos econômicos, ou aspirações aplicáveis para qualquer tecnologia de rede", justifica a GSMA.

Futuro movido a patentes

Segundo estudo da ABI Research também divulgado nesta segunda-feira, várias empresas já trabalham no que servirá de base para a padronização da 5G. Entre as fornecedoras estão Alcatel-Lucent, Ericsson, Huawei e Nokia Networks; enquanto os fabricantes de semicondutores e dispositivos têm Intel, InterDigital, Qualcomm e Samsung; além de acadêmicos e operadoras móveis. O grande motor que gera tudo isso: patentes e os royalties que virão agregados no futuro.

A quinta geração terá um misto de tecnologias 2G, 3G, 4G, Wi-Fi e "outras" para aumentar a cobertura e disponibilidade, mas deverá promover uma altíssima densidade de células e dispositivos, além de prover conectividade máquina-a-máquina (M2M) e para a Internet das Coisas (IoT). Haverá ainda elementos avançados que já começam a sair do papel nas gerações atuais, como virtualização das funções de rede (NFV), redes definidas por software (SDN), redes heterogêneas (HetNets) e redes de baixo consumo e baixo throughput.

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