Oi tem prejuízo de R$ 2,8 bilhões e queda na receita no terceiro trimestre

Futuro turbulento para a Oi. Foto: Pixabay/Divulgação

A Oi apresentou na noite desta quarta-feira, 8, resultados financeiros do terceiro trimestre. Entre os principais números estão queda de 12,4% na receita líquida trimestral em relação a 2022, para R$ 2,14 bilhões entre julho e setembro.

Já o resultado líquido no período foi prejuízo de R$ 2,83 bilhão (queda de 13%), com forte impacto de despesas financeiras. O resultado financeiro líquido da tele no intervalo totalizou despesas de R$ 2,48 bilhões, devido à dinâmica da variação cambial e ao aumento da exposição da dívida em dólar, após financiamento emergencial em junho.

A Oi também reportou posição de caixa de R$ 2,5 bilhões, 30% menor do que há um ano. O fluxo de caixa operacional ao fim do terceiro trimestre somou R$ 532 milhões negativos. Os números derivam de Ebitda de rotina negativo de R$ 331 milhões e de capex de R$ 201 milhões, mesmo com queda de 68% nesta última linha. A margem Ebitda de rotina da Oi foi de -13,8% no trimestre.

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Comercial

No âmbito comercial, a Oi destacou o aumento de 6% nas receitas com fibra óptica, para R$ 1,1 bilhão. A empresa apontou melhorias no tíquete médio por usuário (ARPU) e no churn involuntário, apesar de ainda visualizar desaceleração do mercado de banda larga. Por esta razão a base de clientes de fibra se manteve estável em 4 milhões, afirma a empresa.

No segmento B2B (Oi Empresas), a operadora recuou 7% em faturamento no terceiro trimestre, para R$ 693 milhões por conta de "volatilidades". Ainda que as receitas de TICs tenham crescido mais de 23% na vertical, as de telecom recuaram 9%. Negócios de atacado também reduziram.

Já a receita legada da Oi caiu 52,4%, para R$ 216 milhões no terceiro trimestre. A telefonia fixa sozinha recuou 50% em faturamento, para R$ 163 milhões entre julho e setembro. Vale notar que sem essas operações legadas, a receita total da tele teria caído menos em um ano: 3,4%.

Em uma base de nove meses, a receita da Oi excluindo o legado ainda avança 9,4%, para R$ 5,75 bilhões até setembro. Já a receita total do grupo no acumulado do ano é de R$ 6,53 bilhões, o que representa queda de 4% frente aos mesmos nove meses de 2022.

Custos

Os custos e despesas de rotina da Oi somaram R$ 2,72 bilhões no terceiro trimestre, em alta de 8%. Apesar de reduções em quase todas as linhas, os custos com Aluguel e Seguros avançaram 21,6%, para R$ 1,1 bilhão. É aqui que são incluídos gastos com o modelo operacional adotado pela empresa no mercado de fibra, com atuação baseada em rede neutra da V.tal.

Já os custos da Oi com pessoal caíram 8% em um ano, para R$ 484 milhões. Como parte de seu plano de readequação, a empresa desligou 6 mil colaboradores nos últimos doze meses.

Avanços

A Oi também apontou avanços obtidos ao longo do terceiro trimestre. Entre eles, o acordo sobre o ajuste de preço da Oi Móvel, a conclusão de venda de torres, a celebração de contrato para venda da sucata de cobre e negociações sobre um acordo para a concessão de telefonia fixa formalmente iniciadas no TCU.

Em sua segunda recuperação judicial, a tele brasileira também divulgou valor atualizado da dívida líquida a valor justo: R$ 22,7 bilhões. Em um ano, o indicador avançou 24%.

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