Ao comentar a possibilidade de criação de uma empresa nacional de telecomunicações a partir da fusão da Oi e da Brasil Telecom, Luiz Eduardo Falco afirmou que a consolidação depende dos grupos controladores chegarem a um entendimento. Para o presidente da Oi, ?o Brasil ganha muito com a fusão?. Falco listou uma série de áreas que seriam beneficiadas por essa grande empresa. Na mobilidade, diz ele, o Brasil ganha mais uma empresa de cobertura nacional. Ganha também mais uma empresa de backbone nacional para concorrer com a Embratel. ?Eventualmente vamos ter escala para entrar no mercado de satélite que nenhuma das empresas têm. A fusão traz uma série de coisas boas para a competição?, diz ele.
Sobre a possibilidade de o governo exigir um mecanismo como o de uma golden share, Falco disse que o governo quer garantias para que a grande empresa não seja depois adquirida por um grupo estrangeiro, mas que essa defesa não precisa ser necessariamente uma golden share. ?Hoje, na nossa companhia, o BNDES tem poder de veto, por exemplo?.
Fusão
Falco ainda comentou a decisão do governo em criar um grupo de trabalho para discutir a fusão, durante o processo de Oferta Pública de Ações (OPA) voluntária dos controladores. A decisão do governo de discutir a fusão aparentemente influenciou de forma negativa os planos da Oi de consolidar suas ações, uma vez que, no futuro, com a companhia consolidada com a BrT, as ações poderiam estar mais valorizadas, o que desestimularia os detentores do papel de se desfazerem dos ativos agora. ?A decisão do governo ajudou um pouco e atrapalhou um pouco mais?, argumentou.
Falco participou nesta quarta, 8, do Congresso ABTA 2007, realizado em São Paulo.