O Grupo TIM recebeu neste final de semana uma nova oferta não vinculante pelos ativos de infraestrutura fixa na Itália. Desta vez, foi o fundo do banco estatal Cassa Depositi e Prestiti (CdP Equity) com a Macquarie Infrastrucure and Real Assets na Europa (representando o MAM Funds), e inclui 100% da FiberCop, além de participação na companhia de cabos submarinos e outros serviços corporativos de atacado, a Sparkle.
Segundo a controladora da TIM Brasil em comunicado enviado no domingo, 5, a oferta expira no dia 31 de março e está sujeita à análise do comitê de partes relacionadas, conforme regulações aplicáveis ao CdP Equity, uma vez que a empresa já tem participação no grupo italiano. Após essa análise, a proposta será submetida ao conselho de administração do grupo – uma assembleia já está marcada para o dia 15, mas a companhia diz que é possível que outra data seja marcada.
O CdP é um banco estatal controlado pelo Ministério da Economia italiano. Mas além disso, detém 60% da OpenFiber e é a segunda maior acionista do Grupo TIM. O fundo MacQuarie também é acionista na OpenFiber, mas tem participação minoritária.
A proposta da CdP Equity rivaliza com a do fundo norte-americano KKR, apresentada há cerca de um mês e já apreciada pelo conselho de administração do Grupo TIM. A diferença é que a incubent italiana considerou que a oferta não estaria refletindo o valor real dos ativos, e pediu para que a KKR realizasse ajustes caso ainda manifestasse interesse.
Desta forma, o momento em que essa nova oferta não vinculante chega coloca mais pressão no fundo norte-americano para repensar a operação. A data limite para que o grupo receba uma nova proposta da KKR é também no dia 31 de março.