3G competirá com ADSL na América Latina

O grande recado transmitido no primeiro dia do evento GSM Americas deste ano, nesta quarta-feira, 5, no Rio de Janeiro, é a disposição das operadoras móveis de competir no mercado de banda larga com 3G. A chilena Entel PCS, primeira operadora a implementar uma rede HSDPA (High Speed Downlink Packet Access) na América Latina, em dezembro de 2006, é uma das mais otimistas. Em 12 meses após o lançamento da rede 3G, seu tráfego de dados aumentou cinco vezes. Sua oferta de banda larga tem um preço bastante competitivo no mercado chileno: US$ 17/mês por 100 Mb e velocidade média de 600 kbps. Cerca de 56% das residências chilenas tem acesso à internet em velocidades menores que 512 kbps a preços entre US$ 40 e US$ 50 por mês. ?A chegada do HSPA à telefonia celular é comparável ao advento do ADSL para a telefonia fixa?, destacou o CTO da Entel PCS, Luis Uribe.
O executivo conta que muita gente no Chile não tem ADSL porque não quer pagar a assinatura mensal de telefonia fixa, pois já possui um telefone móvel. Outra grande vantagem da telefonia celular para ganhar clientes de banda larga na América Latina é a possibilidade de oferecer o modelo de créditos pré-pagos.
Apenas um ano depois da Entel, outras 14 operadoras da América Latina lançaram redes comerciais de HSDPA: Claro e Movistar no Chile; Personal, Movistar e CTI na Argentina; Ancel, Movistar e CTI no Chile; Telemig Celular e Claro no Brasil; Claro no Peru; CTI no Paraguai; Movistar no México; e AT&T em Porto Rico.

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No Paraguai, onde a telefonia fixa é estatal, ainda não há oferta de serviços em ADSL, por exemplo. Lá, a telefonia móvel já conquistou uma penetração de 65% e deve atingir 80% em 2008. É também um bom cenário para a evolução da banda larga móvel.

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