AGC da Oi: credores concordam em suspender assembleia até 25 de março

Assembleia Geral de Credores da Oi, realizada no dia 5 de março de 2024

A Assembleia Geral de Credores da Oi teve início nesta terça, 5, com quórum de 94,73% dos credores classe III, que têm direito de voto na AGC. Durante o procedimento, um pedido da Anatel foi acolhido e a assembleia foi suspensa até o dia 25 de março, com apoio de 88,48% dos credores e negativa de 11,52%.

Preliminarmente, a assembleia incluiu o pedido da agência para adiamento da assembleia até o dia 23 ou posterior, como medida anterior à votação do Plano de Recuperação Judicial. Após abertura dos trabalhos, exposição da Oi, interrupção por uma hora para negociação com credores e retomada da AGC, a proposta da Anatel foi aceita pelos credores e a assembleia, suspensa.

Junto à nova data, também foi prorrogado até a conclusão da AGC o período de stay period da Oi, que deixa a empresa "blindada" de execuções por dívidas. Principal credor da tele, o Banco do Brasil solicitou que as votações da suspensão e do stay period fossem realizadas em separado. Como o pedido foi negado, o BB e a Caixa indicaram apoio apenas à suspensão da AGC, consignando diferença a respeito da extensão do stay period.

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No início da Assembleia Geral de Credores, Rodrigo Abreu – conselheiro da Oi e ex-presidente da tele que encabeçou a finalização da primeira recuperação judicial e o processo de segunda recuperação – detalhou as condições que levaram à atual situação e fez uma exposição sobre as condições operacionais da Oi.

Ao final, ele pediu a suspensão por uma hora da assembleia para interação com os grupos de credores. O pedido da Oi foi acolhido. Ao fim do prazo, Abreu relatou "boa evolução e algumas mudanças de posição" nas conversas presenciais, mas reconheceu que "se fossemos votar hoje, neste momento, não estaríamos prontos para votação".

Após essa suspensão solicitada pela Oi, os credores votaram o pedido da Anatel de suspensão da assembleia proposto, por indicação do Administrador da Recuperação Judicial. Os credores concordaram com a suspensão até o dia 25 de março de 2024, às 11:00.

(Colaborou Henrique Julião)

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