Além das operadoras móveis reunidas na Acel, empresas competitivas de telecom reunidas na TelComp também participaram da tomada de subsídios da Anatel sobre o desligamento de redes 2G e 3G. O segmento pediu mais estudos sobre a transição, sobretudo para a proteção do segmento de Internet das Coisas (IoT).
"A quantidade de dispositivos 2G e 3G ainda nas redes é grande, principalmente em relação aos equipamentos utilizados para aplicações M2M/IoT. Para este levantamento, é necessário um mapeamento/estudo mais completo dos devices 2G e 3G em uso no Brasil, identificando volumes, segmento de atuação, área geográfica de prestação do serviço e impacto no curto, médio e longo prazo para esta substituição", defendeu a entidade.
A TelComp destacou haver uma diversidade muito grande de aplicações IoT e M2M baseadas nas duas redes, e que não seriam de simples substituição. "Nesse sentido, é necessário que todo o ecossistema esteja preparado para que essa transição de tecnologia só ocorra depois que 100% das regiões estiverem atendidas pelas novas tecnologias", propõe a entidade.
Neste sentido, a TelComp se alinhou às grandes teles ao defender uma redução de tributos sobre equipamentos 4G/5G para acelerar a migração. Mas somente após o atendimento de todas as localidades com as novas tecnologias que o encerramento da homologação de dispositivos exclusivos para 2G e 3G deveria ocorrer, reiterou a associação de provedores.
Sercomtel
Posição similar foi vista em contribuição individual da Sercomtel (hoje parte da Ligga Telecom). A empresa pediu uma transição gradual. "Segundo informações dos Painéis de Dados da Anatel, em setembro de 2023 foram registrados 21,1 milhões de acessos SMP em redes 2G, além de 20,7 milhões em redes 3G. Evidente a importância dessas redes para a população, ainda que já existam padrões mais novos", afirmou a operadora.
Neste sentido, uma abordagem defendida foi de encerrar a homologação apenas de dispositivos 3G, mas mantendo a possibilidade de homologação de novos dispositivos 2G para comunicação máquina a máquina (M2M) "em razão das demandas de mercado", segundo a Sercomtel.
O 2 g vai mais longe, apesar de não ter Internet banda larga em muita zona rural e lugares distantes é a única comunicação que chega, desliga las e deixar quem mais precisa sem telefone.