Operadoras veem espaço para colaboração na gestão de resíduos sólidos

Foto: Pixabay

As operadoras de telecom veem espaço para uma futura colaboração do setor em temas da agenda de governança ambiental, social e corporativa (ESG) – como, por exemplo, a gestão de resíduos sólidos.

A possibilidade foi abordada por diferentes empresas nesta terça-feira, 4, durante o seminário Telecom ESG promovido por TELETIME. Diante de pedido por mais cooperação no setor feito pela Oi na parte da manhã, a executiva de sustentabilidade da Vivo, Joanes Ribas, reforçou o coro em relação à logística reversa.

"Podemos ter mais união do setor, não só para resíduos sólidos, mas para sensibilização da sociedade. Espero que no futuro estejamos unidos como setor e com fabricantes discutindo soluções", afirmou Ribas – que por sua vez, foi apoiada pela TIM.

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"Há disposição e muita vontade de fazer algo em conjunto, porque temos muitos desafios pela frente. O desafio de telecom é enorme, mas nossa potência também", concordou a gerente de responsabilidade social corporativa da TIM, Anna Carolina Meirelles, na ocasião.

VP de compliance, governança e sustentabilidade na Oi, Renata Bertele havia sinalizado em painel anterior que a junção de esforços ESG poderia ser benéfica para a cadeia. Na ocasião, o VP de relações institucionais da Vivo, Renato Gasparetto, também deixou claro que a empresa está aberta para eventual cooperação com as concorrentes.

Reciclagem

Especificamente sobre os resíduos sólidos, Joanes Ribas lembrou que a Vivo conta com iniciativas de logística reversa desde 2006. Em 2021, o programa de resíduos eletrônicos da tele junto ao o consumidor recolheu mais de 5 milhões de itens entre cabos, fones e celulares antigos, trazendo de volta 128 toneladas de resíduos para a cadeia produtiva.

Já o programa Vivo Renova recolheu mais de 136 mil celulares usados por consumidores para troca por dispositivos novos; os aparelhos coletados em bom estados puderam ser comercializados por parceiros da tele, que também reutilizou mais de 1,4 milhão de modens e decoders descartados, mas em boas condições de uso.

Pela TIM, Anna Carolina Meirelles também apontou a gestão de resíduos como prioridade. Um dos pontos tidos como fundamentais seriam políticas para criação de empresas especializadas em reciclagem e reforma de equipamentos e redes, defendeu a executiva.

Meirelles também recordou que a TIM tem o monitoramento da cadeia de valor como um dos focos na atuação presente da empresa, inclusive com acompanhamento trimestral de indicadores ao lado de vendors. O ingresso da controladora (o Grupo TIM) em iniciativa global para mensuração do impacto de parceiros também foi lembrado.

"Acaba que nosso grupo acaba estando um pouco à frente do que acontece no Brasil [pela atuação da controladora]. O Open-es é uma plataforma voltada para gestão de sustentabilidade na cadeia de fornecedores e clientes e entendo que temos tudo para sair um pouco mais à frente", afirmou a profissional.

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