Operadora parceira da Apple na habilitação de conexão via satélite no iPhone 14, a Globalstar deve contar com financiamento de US$ 252 milhões da fabricante para a formação de sua frota de baixa órbita (LEO).
O compromisso consta em documento protocolado pela Globalstar junto à Securities and Exchange Commission (SEC) dos Estados Unidos. Os termos atualizam acordo entre a operadora e a Apple, anunciado em 2022 como um dos principais movimentos da tendência de conexão via satélite para celulares. O recurso deve suportar inicialmente serviços de emergência no iPhone14.
Com o pré-pagamento dos US$ 252 milhões, a operadora norte-americana deve cobrir valores devidos atualmente e no futuro para a fabricante canadense MDA (de quem a Globalstar encomendou 17 satélites em fevereiro de 2022), além de outras necessidades como custos de lançamento dos artefatos.
Até então, o acordo da Globalstar com a Apple pressupunha o financiamento de terceiros para tais etapas da constelação LEO. O valor restante dos custos da frota deverá ser financiado com recursos da própria operadora.
Já o pagamento para a dona do iPhone ocorrerá na forma dos serviços prestados pela Globalstar. A expectativa é que o parcelamento leve 16 trimestres, começando no mais tardar no terceiro trimestre de 2025. Pagamentos com excesso de fluxo de caixa ou voluntários também podem ocorrer ao longo do período.
O financiamento ainda deixa a Globalstar sujeita a certas cláusulas, incluindo índices de cobertura de juros e alavancagem e a limitação na transferência de ativos, despesas e investimentos. A Apple também recebe garantia de primeira prioridade sobre os ativos da parceira, como forma de garantir a cobertura satelital prevista no acordo original.
No ano passado, a gigante dos eletrônicos já havia anunciado investimentos de US$ 450 milhões em sistema para suportar a conexão satélite para celulares. Como demonstrado na MWC 2023, a fabricante norte-americana não é a única apostando na tendência, que também entrou na mira de reguladores.