Após 5G, banda C continua oferecendo oportunidades para Claro e Eutelsat

Foto: Pexels

A migração de serviços de televisão satelital aberta (TVRO) para a banda Ku para a liberação da faixa de 3,5 GHz para o 5G não significa que não exista mais espaço para a banda C no mercado. Alguns players seguem apostando nessa banda, se antecipando à migração conduzida pela Anatel, e ainda se vislumbra um mercado forte no Brasil com esse espectro satelital: é o caso da Claro e da Eutelsat.

Com o satélite escolhido pelo Grupo de Acompanhamento de Interferências da faixa de 3,5 GHz (Gaispi), a Embratel Star One viu um "importante movimento de migração das parabólicas", mas  isso não significou que as empresas passaram a utilizar somente uma das bandas. "Todos que estão colocando a banda aberta na Ku continuam usando a banda C para serviços profissionais. Ainda vemos [a banda C] com muitas décadas de vida, nenhuma outra banda oferece tanta disponibilidade e confiabilidade", argumenta o diretor executivo da companhia do grupo Claro, Gustavo Silbert. 

O executivo lembra ainda que existe um questionamento das associações setoriais (Sindisat e Abrasat) junto à Anatel sobre a indenização da desocupação da banda C estendida, algo que as entidades chegaram a demandar ainda na fase de consulta pública do edital do 5G. Silbert relembrou ainda do processo da Federal Communications Commission (FCC) com a banda nos Estados Unidos em 2020, com indenizações para aceleração da limpeza de espectro.

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Em consonância com a migração demandada pelo edital do 5G, a Eutelsat viu crescer a procura pela solução da banda C planejada, que utiliza o satélite Eutelsat 65WA. A oferta da operadora utiliza faixa 800 MHz acima das frequências do 5G, o que significa que não há interferência e, por isso, não há necessidade de filtros. 

"Para a Eutelsat foram os dois lados da moeda – perdemos 15% da capacidade de satélite original pela realocação. Mas, não só do Brasil, como México, Equador, Colômbia e Guiana, vários [radiodifusores] migraram para a banda C planejada", declara o diretor geral da operadora no Brasil, Rodrigo Campos. 

Campos e Gustavo Silbert participaram do Congresso Latinoamericano de Satélites, evento realizado no Rio de Janeiro nesta quinta-feira, 1º, pela Glasberg Comunicações e organizado por TELETIME.

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