O ideal para o mercado brasileiro, na opinião do diretor de regulamentação da Claro, Marcelo Pereira, seria que os leilões para 3G, WiMax e para as sobras do SMP (Serviço Móvel Pessoal) acontecessem na mesma época. Assim, as empresas poderiam escolher a opção que melhor se encaixa em seus planos de negócios, sem precisar levar em conta o fato de um leilão acontecer muito antes do outro.
Segundo Pereira, a Claro tem interesse, sim, em WiMax. A operadora já realiza alguns testes e só não apresentou proposta na primeira tentativa de leilão por causa da insegurança jurídica que envolvia o evento. ?Não sabíamos se as concessionárias fixas poderiam participar. Não dava para montar uma estratégia de leilão sem saber isso?, explicou. Obviamente, a participação da Claro em um novo leilão levará em conta as áreas de numeração onde a Embratel já tem licença para 3,5 GHz, pois para o órgão regulador ambas as empresas têm o mesmo controlador.
Unbundling e 3G
O executivo descartou o interesse da Claro por unbundling de redes locais. ?O unbundling é uma discussão do passado. Ele não é importante para a Claro. Somos uma empresa de mobilidade, de serviços sem fio?, afirmou. O assunto foi trazido à tona por causa do interesse da TIM em conseguir o unbundling para prestar ADSL, conforme noticiado por TELETIME News na edição da última terça-feira,17.
Sobre 3G, Pereira levantou algumas questões. Uma delas é a necessidade de surgimento de novas aplicações que tenham demanda suficiente para justificar o investimento em uma nova rede. De preferência, esses serviços precisam ter preços baixos para tornar a 3G um serviço de massa e não restrito somente às classes mais altas, sugeriu. Pereira participou nesta quarta-feira, 18, do seminário Rio Wireless, no Rio de Janeiro.