Intelig continua à venda, mas sem expectativa de conclusão

Depois de muita especulação sobre o futuro da Intelig Telecom, autorizada para os serviços de longa distância nacional e serviços de dados para o mercado corporativo, o consultor jurídico da companhia, Emiliano Gomes, informa que o processo de venda não acabou e que existem negociações em andamento. ?Não estou diretamente ligado ao assunto. Essa questão é trata apenas no âmbito dos acionistas?, desconversa.
Apesar da indefinição, Emiliano Gomes, diz que todas as metas estabelecidas pelos controladores (National Grid e Telecom Entity Participações, com 50% para cada) estão sendo cumpridas. ?Estamos operando a todo vapor, conseguindo em alguns casos superar as metas, criadas para que a empresa seja atrativa para um potencial comprador. A empresa está sadia?, diz ele.

Entraves

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Emiliano Gomes afirma que a empresa só não cresce mais porque as empresas que têm o chamado Poder de Mercado Significativo (PMS) não cumprem o novo regulamento de Exploração Industrial de Linha Dedicada (EILD), aprovado em 2005 (Resolução 402). O novo regulamento, entre outras coisas, estabelece preços menores para o uso da rede pelas novas entrantes. ?Na renovação dos contratos é difícil fazer valer o novo regulamento?, afirma. Segundo Gomes, a maior dificuldade da Intelig é o acesso à última milha. ?Há uma concentração brutal na telefonia fixa. Na Europa, os países mais competitivos são onde se tem acesso à última milha. Falar em desagregação, revenda ou qualquer outra solução de acesso à última milha é condição sine qua non para promover a competição?.
A Intelig não tem capital aberto e por isso não divulga informações financeiras. Sabe-se que hoje a empresa tem cerca de 2 mil clientes corporativos, responsáveis por 65% da receita.

Processos

Em agosto do ano passado a TelComp entrou com uma ação administrativa na Anatel contra a Telefônica porque a companhia não estaria cumprindo os preços definidos pela resolução 402/2005. Luis Cuza, presidente da associação, que representa os operadores competitivos, disse que na semana passada foi informado que a agência vai decidir sobre o processo em cerca de duas semanas. ?Além da nossa ação, existe uma dúzia de ações individuais pelo não cumprimento da 402?, diz. Cuza afirma também que a Brasil Telecom é a única que tem contratos dentro do preço. ?A Telemar tem 50% de contratos fora do preço, mas infringe outros dispositivos da resolução. A Telefônica ignora totalmente o novo regulamento. E tenho recebido algumas queixas da Embratel, mas não muitas?.

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