Setor de telecom deve ser um dos protagonistas da Web 3.0, afirma NTT Data

Roberto Celestino, da NTT Data

As operadoras de telecomunicações devem ocupar papel de destaque na consolidação da Web 3.0, habilitando não apenas a infraestrutura para a próxima evolução da Internet – mas também como usuária de novas aplicações e serviços, avalia a NTT Data.

Ao TELETIME, o braço de serviços de consultoria da gigante japonesa das telecomunicações NTT projetou avanços e desafios para a consolidação de aplicações como o metaverso. A criação de uma camada espacial de interação entre o mundo físico e digital a partir da combinação de tecnologias como realidade aumentada, virtual, blockchain, dispositivos vestíveis, IoT, IA generativa e 5G seria o horizonte vislumbrado.

"Isoladamente são todas tecnologias que já estão comprovadas, mas ainda difícil é conectá-las entre si e com as demandas de negócios", afirmou o head de inovação da NTT Data, Roberto Celestino. A própria consultoria tem direcionado esforços na criação de protótipos para casos de uso ao lado de clientes, inclusive na cadeia de telecom.

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"As teles têm papel fundamental pela habilitação da conectividade 5G e devem assumir papel de protagonistas, não só com a velocidade, mas em todas as jornadas transversais entre setores. O poder de processamento do 5G que vai possibilitar a criação de novas economias, através desse blend de tecnologias", resumiu Celestino. O potencial seria ainda maior com a chegada do 6G (prevista para meados de 2030), que tem entre as promessas a habilitação de aplicações táteis.

Negócios

O momento atual, contudo, ainda é de de desenvolvimento de casos de uso viáveis na nova fronteira "phygital" a partir das redes disponíveis: o entendimento é que aplicações que se justifiquem do ponto de vista dos negócios ainda estão sendo encontradas por meio da experimentação. Um dos caminhos antes de uma abordagem mais imersiva de realidade virtual (VR) seriam aplicações de realidade mista (MR) e aumentada (XR), acredita a NTT Data.

Entre os protótipos recentes desenvolvidos pela consultoria neste campo estão ferramenta para o mercado imobiliário (onde informações sobre imóveis à venda podem ser visualizadas em uma caminhada na cidade) e até mesmo para uma operadora de telecom não divulgada, que testou uma alternativa para URA em formato digital e 3D, com comparação visual de planos.

Treinamentos e aplicações para setores de missão crítica também são possibilidades que já começam a escalar, nota a NTT; com a maturidade da VR, novos casos de uso também devem se tornar viáveis. O desenvolvimento, contudo, está diretamente ligado à redução gradativa nos preços de dispositivos, como óculos desenvolvidos por grandes fabricantes de tecnologia como a Apple e também semicondutores.

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