A flexibilidade nas metas de qualidade está entre as possíveis mudanças admitidas por Antônio Carlos Valente, vice-presidente da Anatel, no modelo para a renovação dos contratos de concessão de telefonia fixa. A alteração, segundo ele, seria uma forma de baratear o custo das operações das telecomunicações de forma que as empresas do setor possam repassar a redução às tarifas, e com isso aumentar a penetração de seus serviços para as classes menos favorecidas. Valente participou do 29º Futurecom, que está sendo realizado até a próxima quinta, 31, em Florianópolis (SC).
IP
Segundo Valente, existem alternativas tecnológicas de barateamento dos serviços como a voz sobre IP. Como esta inovação ainda não está completamente desenvolvida, pode apresentar uma qualidade inferior ao do serviço de voz convencional, baseado em circuito comutado, no início de sua aplicação, explica o vice-presidente da Anatel. Mas, como ele observa, se esta solução for mais econômica, como se espera, poderá ser adotada a despeito de sua diferença em relação ao serviço convencional.
Regras desatualizadas
Na opinião de Fernando Xavier Ferreira, presidente do grupo Telefônica no Brasil, muitas das obrigação de qualidade só se justificavam no momento da privatização. De acordo com o executivo, o estabelecimento de metas meramente quantitativas apenas onera as operadoras, que gastam com a designação de pessoal exclusivamente para acompanhá-las. Ele propõe a verificação e adoção de critérios aplicados em outros países, como pesquisa do índice de satisfação por parte dos consumidores.