FCC obriga descarte de lixo espacial em até 5 anos após fim das missões

Foto: Pixabay

A Federal Communications Commission (FCC), agência reguladora norte-americana, começou a adotar, a partir desta quinta-feira, 29, novas regras de descarte de lixo orbital. As regras exigem que os operadores de satélites em órbita baixa da Terra (LEO) descartem seus satélites dentro de 5 anos após a conclusão de suas missões.

As novas regras encurtam a antiga diretriz que previa o prazo de 25 anos para "desorbitar" satélites após a missão. Dessa forma, a FCC acredita estar dando um passo importante em uma nova era para a segurança espacial e a política de detritos orbitais.

"A FCC leva a sério os desafios de curto e longo prazo dos detritos orbitais. Satélites extintos, núcleos de foguetes descartados e outros detritos agora preenchem o ambiente espacial, criando desafios para missões atuais e futuras. Existem mais de 4.800 satélites operando em órbita até no final do ano passado, e a grande maioria deles são satélites comerciais de órbita baixa (LEO). A nova regra de 5 anos para satélites em órbita significará mais responsabilidade e menor risco de colisões caras que aumentam os detritos", diz o órgão regulador americano, em comunicado divulgado nesta quinta.

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As novas regras adotadas exigem que os satélites que terminem sua missão ou que passem pela região da órbita baixa da Terra (abaixo de 2.000 quilômetros de altitude) saiam de órbita o mais rápido possível, no mais tardar cinco anos após a conclusão da missão. "Esta é a primeira regra concreta sobre este tema, substituindo uma diretriz de longa data. Essas novas regras também darão às empresas de satélite um período de transição de dois anos. A duração da missão e o cronograma de saída de órbita para qualquer satélite são estabelecidos por meio de seu processo de inscrição no Escritório Internacional da FCC", explica o órgão.

Nova era espacial

De acordo com a Comissão, a pauta de Inovação Espacial está abordando a nova era espacial com regulamentações modernizadas para atender às novas realidades, apoio à inovação tecnológica e "levando a sério" questões de sustentabilidade espacial que surgem com o rápido crescimento e mudança dos empreendimentos espaciais públicos e privados. "A FCC lançou recentemente um novo procedimento para recursos de manutenção, montagem e fabricação no espaço (ISAM). A agência está disponibilizando mais espectro para alimentar as ambições espaciais do país, incluindo a identificação de espectro pela primeira vez para apoiar lançamentos comerciais e propor novas regras de compartilhamento de espectro para aumentar a concorrência. A indústria de satélites e lançamentos é agora um setor estimado em US$ 279 bilhões por ano", finaliza o órgão regulador em comunicado.

O assunto será discutido na Conferência Plenipotenciária (PP-22) da União Internacional de Telecomunicações (UIT), que acontece em Bucareste, Romênia, até o dia 14 de outubro. Porém, conforme antecipou TELETIME, a proposta brasileira de que a própria UIT seja responsável por coordenar os sistemas LEO e também o descarte foi recusada pela delegação dos Estados Unidos.

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