A Hughes Brasil anunciou nesta semana avanços com o programa de inclusão e diversidade, o Plural. A operadora satelital está implantando o projeto há dois anos com foco inicial na "abordagem de gênero, uma vez que as áreas de telecomunicações e tecnologia são formadas predominantemente por homens", conforme afirmou a empresa em comunicado.
A ideia é contar com mais mulheres em todas as funções, inclusive técnicas e em cargos de liderança e gestão. A vice-presidente de recursos humanos da Hughes, Valéria Motta, disse em comunicado que a base do projeto de transformação de cultura interna inclui conscientização sobre estruturas, estereótipos e barreiras à presença e expressão das profissionais, além de importância de ações afirmativas que promovam mudança.
"Pretendemos alinhar a empresa ao debate de diversidade de gênero no ambiente corporativo, adotando ações concretas para nos transformar numa porta de entrada para as profissionais que querem atuar no nosso segmento", afirmou Motta. A Hughes afirma que o início do programa Plural envolveu o alto escalão, além de diálogos e trenamentos com executivos da diretoria e gerência. "A ideia, nessa primeira fase, foi sensibilizar as pessoas chave da organização para a importância dessa iniciativa, o que reforça o compromisso de mudança cultural sólida e de longo prazo."
Segundo dados do IBGE de 2019, apenas 13% das matrículas de graduação em cursos de computação e tecnologia eram preenchidas por mulheres. A operadora satelital tem adotado como estratégia a adoção de treinamentos e a contratação de mulheres, além de procurar garantir a permanência delas nas companhias. No recrutamento de parceiras via agências, a empresa demanda a mesma quantidade de homens e mulheres com a mesma capacitação. A mesma prioridade deverá estar no programa de estágio deste ano e de 2014.
A Hughes ainda contou com a consultoria de Vera Regina Meinhard, especializada no tema e certificada pelo Insead Gender Diversity Programee, da França. "Estamos fazendo um trabalho de profundidade para provocar a consciência sobre a construção social sexista e praticar a igualdade de gênero como vetor de sucesso na companhia", disse Meinhard também pelo comunicado de imprensa.