A Telecom Italia, ao que tudo indica, jogou a toalha na disputa pela GVT. Em nota oficial no fim da tarde desta quinta-feira, a holding italiana reconheceu a decisão do conselho supervisor da Vivendi de entrar em negociações exclusivas com a Telefónica para a venda de sua subsidiária brasileira.
A Telecom Italia ressalta na nota que, desde o início deixou claro que adoraria uma abordagem racional para sua estratégia no Brasil para maximizar valor para seus acionistas, deixando nas entrelinhas que não deverá fazer uma nova proposta com maior valor pela GVT. Vale lembrar que o CEO da Telecom Italia, Marco Patuano, já havia alertado em conferência com analistas na ocasião da divulgação dos resultados do segundo trimestre que a holding estava "de olhos abertos para a consolidação interna no Brasil, para consolidação fixo-móvel", mas que não faria "nada irracional".
Agora, a Telecom Italia afirma que continuará a buscar seu desenvolvimento e planos de investimentos no País, em linha com o Plano Industrial 2014-2016 do grupo – que prevê R$ 11 bilhões em Capex na operação brasileira até 2016 (sem gastos com espectro) –, para alavancar a forte posição da TIM Brasil no mercado.
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários, a TIM Brasil replicou o comunicado de sua controladora e acrescentou ainda que "o plano estratégico atual da empresa continua em pleno vigor e está focado em explorar o enorme crescimento da banda larga móvel e todas as oportunidades associadas, aproveitando a sua extensa base de clientes e posição de liderança no setor de telefonia móvel.
Além disso, a TIM informa que "a mesma reunião do conselho da companhia que aprovou a nossa oferta para a Vivendi aprovou nossa participação incondicional na licitação 700MHz, em um claro sinal de compromisso com a nossa estratégia de longo prazo, mantendo-se totalmente confiante na capacidade da companhia em ser bem sucedida em seus objetivos estratégicos no País".
